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Nós soberanos

Fernando Gonçalves, INTERVIR JÁ – Movimento Cívico por Fernando Gonçalves, INTERVIR JÁ – Movimento Cívico
Setembro 5, 2019
em Opinião
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Nós soberanos
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Está demonstrado que os veículos de condução autónoma têm uma taxa de acidentes muito menor do que os veículos conduzidos por humanos.

Socorrendo-se do manancial de informação que comporta, o algoritmo toma decisões, de forma vertiginosamente mais rápida do que nós, “ponderando” as probabilidades de acidente, decidindo, por conseguinte, virar, travar ou acelerar, em função do menor dano possível.

Outra vantagem dos computadores e robôs é a particularidade de obedecerem à sua programação sem se deixarem influenciar por preconceitos, raiva ou maldade, na medida em que são desprovidos de emoções.

Mas isso pode ser muito perigoso, uma vez que se a programação não for determinada pelo “homem bom” o autómato seguirá, à risca, as instruções.

Se a ordem for para matar, nenhum sentimento, como a bondade ou a compaixão, interferirá na execução da mesma. Os algoritmos comportam em si mesmos a preocupante possibilidade de virem a conhecer cada um de nós melhor do que nós.

Essa informação, quando nas mãos de tiranos, apresenta-se como um perigo latente até porque os governos autoritários terão maior aptidão para irem mais longe no desenvolvimento e utilização desses dados, visto que desconsideram direitos humanos básicos como a privacidade e a individualidade.

Como lucidamente asseverou Alvin Tofler, numa pertinente adaptação do pensamento Hobbesiano, a informação é poder.

Nos primórdios da Humanidade, o poder alicerçava-se na posse de terras, distribuídas em função do poder bélico dos conquistadores. Essa realidade cimentou-se, durante milénios, até à revolução industrial e ao advento do poder capitalista que perdura há dois séculos.

Por fim, a era da Big Data irrompeu,  [LER_MAIS] no novo milénio, de forma tão avassaladora que se tornou no maior e, potencialmente, mais perigoso powershift da História.

Neste momento, não sabemos sequer o «quem» nem o «como» relativos à gestão dos dados pessoais que todos nós cedemos, alegre e ingenuamente, a troco de visualizações «grátis» de cães e gatos ternurentos, golos fantásticos ou fofocas sobre vedetas.

Além de desconhecermos a quem estamos a ceder dados sobre nós e o que farão com eles, estamos numa área em que não há qualquer regulação que impeça poderes sombrios de os manipular e, por consequência, tomar decisões por nós, não apenas enquanto consumidores mas também enquanto eleitores, apoderando-se da fatia de soberania de que cada cidadão é titular.

Esta parece ser uma preocupação abstrata e longínqua, mas, na verdade, é bem concreta e atual. Sabemos hoje que o referendo do Brexit foi influenciado a partir de dados que o facebook vendera à Cambridge Analytica, que os usou para manipular o voto dos britânicos, levando à vitória tangencial dos que defendiam a saída da União Europeia, mudando assim o rumo da História.

A curto prazo, até o legislador tradicional terá de enfrentar o facto de o algoritmo legislar com mais rigor, tomando o lugar aos políticos nas escolhas e, por consequência, na política. Pela primeira vez na história da Humanidade, estamos em vias de ser dominados sem saber como e por quem.

INTERVIR JÁ – Movimento Cívico Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: fernando gonçalvesopinião
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