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Os efeitos da Argentina em Portugal

Márcio Lopes, docente do Politécnico de Leiria por Márcio Lopes, docente do Politécnico de Leiria
Setembro 5, 2019
em Opinião
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Os efeitos da Argentina em Portugal
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Em 1990, quando Anthony Giddens definiu a globalização como “a intensificação das relações sociais de escala mundial, relações que ligam localidades distantes de tal maneira que as ocorrências loc ais são moldadas por acontecimentos que se dão a muitos quilómetros de distância, e vice-versa.”

Do ponto de vista económico, a intensificação das relações entre os países é feita através do comércio e finanças internacionais, pelas taxas de câmbio, taxas de juro e as propensões marginais a importar.

Em termos muito genéricos, as relações mac roeconómicas entre os países dão-se do seguinte modo: PIB1 = f(PIB2) e o PIB2 = f(Exportações + Procura Interna)

Ou seja, o PIB do país 1 é fortemente influenciado pelo PIB do país 2, e os efeitos da globalização económica são, ao fim e ao cabo, a rapidez com que as políticas económicas transitam de um país para o outro.

Ora, desde a sua fundação em 1944, o maior empréstimo que o FMI já concedeu a um país foi no ano passado à Argentina, no montante de 50 mil milhões de euros.

Para termos uma base de comparação, dos 78 mil milhões de euros da troika emprestados a Portugal, coube ao FMI 26 mil milhões.

A Argentina está a vivenciar uma crise económica profunda. Em 2018, a sua moeda desvalorizou cerca de 50%, o PIB diminuiu 2,5% e o merc ado bolsista está em queda acentuada.

Este ano haverá eleições na Argentina e, seja qual for o resultado, o próximo governo terá duas opções: ou decretar uma moratória (anunciar unilateralmente o não pagamento da dívida ao FMI), ou impor um pacote de políticas económicas de extrema austeridade, como ocorreu na Europa durante o período troika.

As políticas de austeridade vão fazer baixar drastic amente a procura interna argentina e, consequentemente, o seu PIB.

A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil. Ou seja, quando o PIB argentino baixar, pela via do comércio internacional, o  [LER_MAIS] PIB brasileiro também irá baixar (menos exportações para a Argentina).

A taxa de crescimento do PIB brasileiro previsto para 2020 é de 2,2%, mas é provável que fique entre 1,5 e 1,9%. E o Brasil, apesar de todos os seus problemas, ainda é a nona economia mundial. Mas há ainda um outro problema.

As grandes empresas espanholas têm uma forte exposição ao mercado latino-americ ano, e a Espanha é o principal parceiro comerc ial de Portugal. Ora, os efeitos da austeridade na Argentina em 2020 podem afectar o PIB espanhol e, por consequência, o PIB português.

No entanto, mais do que a economia, o que está c ausa é a fragilidade com que os governos urdem os seus Orçamentos do Estado, porque as variáveis externas globais são cada vez mais intensas e interligadas.

Cada vez mais, os governos têm menos autonomia na condução das suas políticas económicas. E esse efeito é ainda mais exponenciado quando os governos não são de maioria absoluta.

O bater das asas da borboleta lá na Argentina pode c ausar problemas ao OE português em 2020.

Docente do Politécnico de Leiria

Etiquetas: Márcio Lopesopinião
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