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Escutar a cidade

João Bonifácio Serra, professor coordenador jubilado do Politécnico de Leiria por João Bonifácio Serra, professor coordenador jubilado do Politécnico de Leiria
Julho 4, 2019
em Opinião
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Escutar a cidade
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Encontrei a expressão em dois livros lidos recentemente, ambos de arquitectos. O argumento do italiano Francesco Careri, na obra intitulada Caminhar e Parar (ed. Gustavo Gili, Barcelona e S. Paulo, 2017) é o de que o conhecimento da cidade não pode ser obtido exclusivamente a partir dos recursos estáticos (cartas, fotografias).

A observação que se desenvolve através da itinerância, da deambulação pelos meandros do urbano é indispensável.

Escutar é condição necessária para transformar a cidade, advoga o colectivo Paisagem Tranversal em Escutar e Transformar a Cidade. Urbanismo Colaborativo e Participação Cidadã (Fundação Arquia, Madrid, 2018).

Este grupo constituído em 2007 por cinco arquitectos urbanistas tem no seu curriculum intervenções em espaços públicos de diferentes cidades, mas quais operou com metodologias de participação.

Não basta olhar a cidade, é preciso dialogar com as pessoas (promovendo o inquérito, a entrevista, a reunião, a formação de equipas que acompanhem o desenho da intervenção).

Careri alude ao método de Patrick Geddes, o pioneiro do planeamento regional, que nas primeiras décadas do século XX defendeu que a prospectiva devia assentar na identificação prévia dos recursos com que, em cada território, as sociedades contaram ao longo da história.

Os filósofos gregos peripatéticos faziam do caminhar a ocasião para a reflexão partilhada com os seus discípulos. Geddes usava esse método, estabelecendo contacto com os habitantes dos lugares, os seus interlocutores no processo de caracterização do território.

“Caminhar não é apenas olhar, é também escutar, em cada lugar, quem habita e quem conhece a cidade”.

Escutar ganha assim um sentido específico: ouvir, falar com, dialogar com aqueles que vivem e usam a cidade. Mas a audição da cidade não se pode  [LER_MAIS] esgotar na operação de diagnóstico.

Circunscrito o problema e encontrada via para delinear a solução, a elaboração do projecto também deverá ser cruzada com o ímpeto colaborativo.

Tenho, a esse respeito, a experiência de Guimarães, onde a mais importante intervenção urbanística acolhida no programa de regeneração da Capital Europeia da Cultura 2012 – a que abrangia o Largo do Toural e a Alameda de São Dâmaso – foi objecto de contestação na fase de projecto, obrigando à sua reformulação e mudança da equipa projectista.

Na fase de obra, todos os dias o presidente da Câmara percorria o perímetro do estaleiro em que se havia convertido o centro da cidade e, acompanhado por membro das equipas técnicas, avaliava os trabalhos de execução.

Muitas vezes o segui nesse trajecto. – Veja professor – dizia-me ele, sorrindo – há pelo menos uma centena de “engenheiros” postados ao longo do gradeamento, observando o que se está a fazer. E perguntam ou apontam o que lhes não parece adequado.

Escutar a cidade é um processo contínuo.

Escutar para planear, escutar para projectar e escutar para intervir. Cada fase tem impactes que devem ser monitorizados e reabsorvidos.

*Professor coordenador jubilado do Instituto Politécnico de Leiria

Etiquetas: joão bonifácio serraopinião
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