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Home Opinião

Batalha e Notre Dame

Joaquim Ruivo, professor por Joaquim Ruivo, professor
Maio 9, 2019
em Opinião
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Batalha e Notre Dame
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O incêndio no Museu Nacional do Brasil e depois na Catedral de Notre-Dame marcaram em pouco tempo o panorama das perdas patrimoniais. Por razões diversas, em contextos diferentes e com danos distintos, a verdade é que no espaço de meio ano a Humanidade ficou mais pobre.

Vamos ser sinceros: na realidade fomos responsáveis por empobrecer irremediavelmente as gerações seguintes. Mas tudo é relativo.

Todos os dias perdemos património quase sem darmos conta, unicamente porque o património só adquire significado e valor na relação que as pessoas e as comunidades com ele estabelecem.

Património é herança e se é verdade que sempre vamos incorporando “novas heranças”, também com frequência as apagamos e perdemos, sem que sejam notícia emocionante.

Por desleixo, por desinteresse, por desconhecimento, por descuido, por causas inesperadas, por factores que não controlamos…

Quando se trata de edifícios é sempre possível a sua recuperação e reconstituição, mais ou menos fiel. É de esperar que isso aconteça com Notre-Dame (quantos visitantes deambulam pelas catedrais alemãs sem se lembrarem que algumas delas são reconstituições com pouco mais de 50 anos, após a sua destruição pela aviação aliada?).

No Mosteiro da Batalha um incêndio com a natureza e dimensão de Notre-Dame seria impossível.

Sem a grandiosidade e imponência espacial da catedral francesa, o mosteiro, com excepção dos telhados que cobrem a Sala do Capítulo, não possui coberturas com vigamentos em madeira susceptíveis de acendimento descontrolado: os vigamentos que suportam os telhados são em pedra e até os do Claustro D. Afonso V foram substituídos  [LER_MAIS] por betão em meados do século passado.

Tudo o que era mais susceptível de arder em grande escala, falamos de estruturas, já ardeu em 1810, aquando da terceira invasão napoleónica: dois claustros maneiristas, com piso superior em madeira.

E o que restou deles, por serem considerados sem grande valor arquitectónico e artístico, foi totalmente demolido na grande campanha de restauro de 1840 dirigida pelo engenheiro Luís Mouzinho de Albuquerque.

E o espectáculo desolador do Pináculo de Notre-Dame, envolto em chamas a ruir, não poderia acontecer na Batalha. A torre do mosteiro já caiu parcialmente por causa de um terramoto e de um raio, mas não seria possível por um incêndio, unicamente porque a Torre do Relógio não possui uma única viga ou trave de madeira.

Depois, finalmente, porque na própria Igreja, os retábulos, altares, panejamentos e móveis de madeira foram desaparecendo ou retirados deliberadamente do seu interior ao longo do século XIX e até XX.

Deixando de ser convento após 1834 foi sendo esvaziado de certas estruturas conventuais, já sem préstimo; além disso, permaneceu vigente durante mais de cem anos um ideário de recuperação e restauro que favorecia, num monumento assumido como obra prima do gótico, o expurgo de todo esse mobiliário interior que, de algum modo, turvava a visão transcendente do “puro” gótico e da crua pedra.

Quase como se a única cor autorizada fosse a dos vitrais e seu reflexo.

*Professor

Etiquetas: Joaquim Ruivoopinião
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