Primeiro anunciou a decisão de reconhecer a soberania de Israel sobre a região das Colinas de Golã, ocupada ilegalmente desde 1967. Tal decisão, além de perigosa e ilegal, tem sido rejeitada até por aliados próximos dos Estados Unidos.
Para muitos observadores, a declaração de Trump não foi mais que uma forma de manter no poder o seu aliado Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel que dia 12 luta por ser reeleito.
Outra decisão que poderá ter consequências ainda mais graves foi de incluir o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) na lista de organizações terroristas. Esta decisão permitirá à administração Trump, legalmente, iniciar uma guerra contra o Irão sem a prévia consulta de outros órgãos de soberania.
Tanto a maioria democrata na Câmara dos Deputados como a maioria dos altos funcionários do Departamento de Defesa, e mesmo do Pentágono, são contra uma ação militar no Irão.
Enquanto o mundo caminha numa direção não muito diferente do que levou à Segunda Guerra Mundial, em Portugal o único tema de discussão são as nomeações de familiares pelo Governo de António Costa.
Até Cavaco Silva, com as suas habituais faltas de memória, diria mesmo de vergonha, vai comentar o caso … só se esqueceu que no seu segundo governo teve três mulheres e duas irmãs de governantes a trabalhar em gabinetes ministeriais ou em cargos de nomeação política, [LER_MAIS] para já não referir o elevado número de ex-ministros dos seus governos com processos criminais a decorrer em tribunal.
Outro antigo líder do PSD, Marques Mendes, que pertenceu a um Governo onde trabalhava a sua mulher, deu-se ao desplante de comentar o assunto, afirmando que “agora é diferente”. Para quando o fim desta casta incompetente sem memória?
*Professor e Investigador
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990