Paradas há mais de três anos, as obras do centro escolar de Marrazes, em Leiria, já foram retomadas.
Esta segunda-feira, o presidente da câmara, Gonçalo Lopes, e a vereadora da Educação, Anabela Graça, reuniram no local com representantes do empreiteiro, o grupo Nova Gente, que lhes apresentaram o plano de trabalhos.
O reinício das obras ficou marcado pela retirada de uma pala, que, segundo explicou o presidente do município ao JORNAL DE LEIRIA, levantava “algumas dúvidas” em termos de segurança. “Também já há trabalhos na zona do pavilhão”, avança Gonçalo Lopes, que não esconde o alívio por “finalmente” as obras terem sido retomadas.
Este retomar da empreitada acontece num momento em que decorre em tribunal uma acção interposta pela empresa que ficou em terceiro lugar no concurso [LER_MAIS]e que já teve uma primeira decisão desfavorável ao município.
O presidente da câmara assume que é “um risco” retomar as obras enquanto a contenda judicial não estiver resolvida, mas frisa que a empreitada “não podia continuar parada”, porque “representa um forte investimento na educação” e conta com fundos do quadro comunitário que está a terminar.
“Sempre que existe um processo em tribunal, há risco, mas a opção da câmara foi a de manter a decisão de adjudicação à empresa que apresentou o preço mais baixo e que já estava visada pelo Tribunal de Contas”, alega Gonçalo Lopes, que espera que a obra fique concluída dentro de “um ano e meio”.
A construção do centro escolar de Marrazes, que terá capacidade para acolher cerca de 600 crianças, foi adjudicada, pela primeira vez, em 2016, mas os trabalhos viriam a ser interrompidos em 2018.
A câmara rescindiu o contrato e lançou um novo concurso, cuja adjudicação, ao grupo Nova Gente (Leiria), foi aprovada em Julho deste ano, pelo valor de 5,4 milhões de euros, cerca de 1,5 milhões abaixo do preço base, e com um prazo de execução previsto em 18 meses.