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Home Economia

Guerra fecha torneira dos cereais e abre caminho à subida de preços

Jacinto Silva Duro com EC por Jacinto Silva Duro com EC
Março 14, 2022
em Economia
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Guerra fecha torneira dos cereais  e abre caminho à subida de preços
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O conflito entre a Rússia e a Ucrânia vai afectar o consumidor final em Portugal, com a subida do preço do pão e da carne, devido ao aumento dos preços dos cereais, que já se faz sentir, com subidas que chegam a ser de 30% em dois dias, alerta o presidente da Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais.

“Não querendo ser alarmista, a realidade é que nos podemos deparar até com escassez de milho e de trigo”, expõe José Palha, que representa produtores de cereais destinados a alimentação humana e a alimentação animal. A situação torna-se especialmente “difícil” num ano de seca, [LER_MAIS]em que muitos animais já estão a ser alimentados, em grande parte, com recurso a rações.

“Os produtores ficam numa posição muito complicada”, observa. José Palha salienta que Portugal depende da importação de trigo mole (para transformar em pão) e de trigo duro (para transformar em massas). Entre ambos os géneros, importa 90% do trigo que consome. Importa ainda quase 80% do milho que precisa. Quer no caso do milho, quer no caso do trigo, grande parte provém precisamente dos dois territórios agora em conflito. “A Rússia e a Ucrânia fornecem cerca de 30% do mercado mundial”, realça o dirigente.

Se não contarmos com os cereais da Rússia, nem da Ucrânia (onde os produtores locais terão dificuldade em fazer as sementeiras, por falta de combustíveis, fertilizantes, etc.), existe, em teoria, a possibilidade de recorrer a produtores da Argentina ou do Brasil. No entanto, observa José Palha, sem poder contar nem com a Rússia nem com a Ucrânia, todos os outros países vão procurar comprar cereais precisamente nesses mercados alternativos. Acresce ainda outro problema, aponta o presidente: “a China tem vindo a açambarcar mais de metade dos stocks mundiais de milho e trigo”.

Marta Casimiro, administradora da Panidor, empresa sediada em Leiria, produtora de artigos de padaria e pastelaria, também considera que este conflito vai ter impactos na carteira do consumidor. Os seus preços ainda se mantêm, mas a empresária não sabe até quando.

“O preço do pão já tinha aumentado devido à pandemia. Em Julho, Agosto e Setembro de 2021, só havia stoks de trigo em Portugal para 15 dias”, salienta Marta Casimiro, lembrando que, quando outros países ainda estavam muito focados em travar a Covid-19, já a China estava a fazer grandes consumos de cereais, fazendo-os escassear. Em simultâneo, o Brasil, também produtor, atravessava uma grande seca.

Presentemente, o mundo conta com menos 30% de cereais, com grande dificuldade em fazer chegar navios aos portos russos e ucranianos. Os preços dos cereais batem máximos históricos, prossegue Marta Casimiro.

Os contratos da Panidor estão fechados por algum tempo, mas “não sabemos até quando os nossos fornecedores aguentam os preços”, sublinha a empresária. A este constrangimento junta-se o aumento dos preços de gás, essencial para aquecer os fornos das empresas deste ramo, acrescenta a responsável.

Empresários de Leiria exigem medidas

Amália Duarte, administradora do Grupo Aviliz, de Leiria, que entre outros negócios, se dedica à produção de rações, comércio de pintos, de ovos e de suínos, diz que a situação actual é “dramática” e acredita que, a curto trecho, o consumidor vai pagar a factura deste conflito, com o aumento do preço de todos estes bens. “Temos as compras feitas, até Abril, aproximadamente, mas não de todos os produtos. E esta guerra fez aumentar muito o preço das matérias-primas”, aponta a administradora, para quem o pior será mesmo se os cereais forem desaparecendo do mercado.

“Alimentamos os nossos animais e não queremos que morram à fome ou que deixem de produzir com qualidade”, observa.

Também David Neves, presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores, está apreensivo: “Uma das situações que também muito nos preocupa é a escassez de cereais para os alimentos dos animais, sendo que a Ucrânia é definida como o celeiro da Europa. Era onde nos abastecíamos, numa parte significativa, dos cereais que usamos para a ração dos nossos animais”, observa.

Com esta situação “corre-se o risco de, num curto espaço de tempo, ficar sem alimentos” para os animais. David Neves revelou que os “fornecedores de cereais já estão a fazer rateio da quantidade de cereais que cada fábrica de rações pode levantar”, o que os está a deixar “francamente preocupados”.

“Pedimos à senhora ministra da Agricultura que, no seio do Conselho de Ministros da Europa, alerte os decisores políticos da União Europeia para a possibilidade de abrirmos a outros mercados e podermos receber cereais de outras origens”, expõe David Neves.

Transportes
Mais concorrência e escalada no preço dos combustíveis
A semana começou com aumentos históricos no preço dos combustíveis, devido à situação na Ucrânia. As empresas de transporte de mercadorias ouvidas pelo JORNAL DE LEIRIA temem o impacto da escalada dos preços, por um lado, e o aumento da concorrência por parte das empresas europeias que actuavam na Ucrânia e na Rússia e agora estão sem mercado. “O aumento da concorrência é o preço que vamos ter de pagar por causa da guerra”, afirma Nuno Barrinho.
O responsável pela Barrinho Transportes, da zona de Fátima, diz que os milhares de camiões polacos, checos, búlgaros, romenos e outros que faziam serviços nos dois países directamente envolvidos no conflito vão agora virar-se para outros mercados europeus, dificultando a vida às empresas portuguesas. “Praticar os mesmos preços está fora de questão, porque são muito baixos. Têm custos de mão-de-obra e impostos mais baixos”, constata. “Aumentando os preços dos combustíveis, aumentarão os preços de todos os produtos”, aponta Paulo Bento, da Transaire, que trabalha exclusivamente com o sector alimentar. “Os aumentos desta segunda-feira são o reflexo directo da apreensão dos mercados devido à situação da Ucrânia”, sublinha.
O gestor constata uma “apreensão generalizada” nos transportadores de mercadorias, que terão de fazer uso da chamada taxa de combustível, que permite repercutir no cliente os aumentos do gasóleo quando estes são superiores a 5% entre a celebração do contrato e a prestação do serviço.
A empresa de Mira de Aire está a optimizar as rotas, aproveitando toda a capacidade de carga para que os camiões não façam viagens sem estarem completamente cheios. Desde o início do ano que a Transleão está a pagar os combustíveis 45 cêntimos mais caros. Para minimizar o impacto está a tentar repercutir parte da subida nos preços cobrados aos clientes, mas como estes são sobretudo emigrantes em França, Bruno Patrício, gerente da empresa de Leiria, teme que deixem de comprar produtos em Portugal.
Anteontem António Costa anunciou redução do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos em função do aumento da receita de IVA nos preços dos combustíveis. A medida entra em vigor amanhã e visa travar o aumento do custo dos combustíveis junto dos consumidores.

 

Etiquetas: carnecombustívelguerrapãopreços
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