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O orçamento do Município de Ansião para 2022, no valor de 16,9 milhões de euros, foi aprovado em Assembleia Municipal, onde tinha sido chumbado, depois do entendimento do executivo com os restantes partidos.
“De Dezembro para cá integrámos já neste orçamento o saldo de gerência, que foi aprovado na reunião de câmara de Janeiro, o que faz com que o orçamento passe de 15,5 milhões de euros para 16,9 milhões de euros. A grande alteração do aumento é a incorporação do saldo de gerência”, explicou o presidente António Domingues (PS).
Depois de ter sido aprovado em reunião de câmara, o orçamento para 2022 foi chumbado na Assembleia Municipal, em dezembro, obrigando a um entendimento do executivo, “essencialmente”, com o PSD e com o Chega, uma vez que o PS não tem maioria naquele órgão fiscalizador.
O orçamento, aprovado esta sexta-feira, com as abstenções do PSD e do Chega, “mantém a matriz do anterior, com exceções” e “projecta o desenvolvimento e o crescimento do concelho”, afirmou António Domingues.
“Houve duas ou três obras que foram alteradas em função do memorando do PSD”, adiantou o autarca, ao referir a introdução da requalificação de uma estrada em Chão de Couce, cujo empréstimo bancário para a sua realização no ano passado não teve o aval dos sociais-democratas.
O presidente da Câmara de Ansião afirma que “agora estão disponíveis para fazer esse empréstimo”. Trata-se de um investimento de um milhão de euros, “com possibilidade de recurso a um empréstimo na ordem dos 700 mil euros”, explicou.
O executivo também abandonou, neste orçamento, a intenção de adquirir o edifício do antigo Instituto Vasco da Gama, por falta de um projecto para o local.
“Não há, mas estamos a trabalhar com diversas instituições e com a tutela, no âmbito até do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e nas medidas para a saúde, para avançar com um projeto de serviços de cuidados continuados e saúde mental”, revelou, ao sublinhar que irão “continuar a lutar” para garantir esse investimento.
António Domingues referiu ainda que o orçamento manteve a “baixa de impostos”, com o Imposto Municipal sobre Imóveis no mínimo (0,3%) e o “não lançamento da derrama, o que implica que nestes cinco anos foram 2,5 milhões de euros que o município deixou de arrecadar e que reverteram para as famílias e para as empresas”.
O investimento de dois milhões de euros para as juntas de freguesia mantém-se, assim como a conclusão da ampliação do Parque Empresarial do Camporês. “Vai ser importante para a dinâmica económica e desenvolvimento do concelho”, frisou.
O presidente destacou ainda a “dinâmica implementada no centro de negócios, com a criação do espaço ‘coworking’ e a parceria com a Startup Leiria.
“Queremos acreditar que a curto prazo isso vai dar resultados em termos de captação de investimento mais qualificado e mais tecnológico. A certificação do próprio centro de negócios pelo IPMEI [Agência para a Competitividade e Inovação] como incubadora é uma visão importante”, acrescentou, apontando ainda a estratégia local de habitação para “criar condições para que os jovens e as famílias se possam fixar no concelho”.
Considerando que as Grandes Opções do Plano para 2022-2027 estão dependentes do financiamento do PRR e do próximo quadro comunitário, o autarca considera que esses apoios serão “essenciais para modernizar o concelho, virar a página e colocar Ansião como um concelho em crescimento, onde vale a pena investir e viver”.
“É esse o objetivo que perseguimos e que queremos afirmar nestes quatro anos de mandato”, rematou.
