O ambiente saudável que se respira no Clube de Badminton de Leiria (CBL) está a captar o interesse de cada vez mais praticantes por esta modalidade. A esta casa têm recentemente chegado jogadores de várias gerações, sendo que o gosto se tem propagado entre pais e filhos.
Carolina Coelho, de 14 anos, e a mãe, Joana Luzio, estão entre os muitos casos felizes de “contágio”. A filha teve conhecimento da existência do clube através do professor de Educação Física, e mesmo sem se considerar particularmente dotada para a prática desportiva, decidiu experimentar. Sentiu “um carinho tão grande” da parte desta instituição, que ali tem vindo a criar raízes.
De um treino semanal passou para [LER_MAIS]três, e do exercício descomprometido passou às competições. “Incentivam-me sem pressão, ao contrário do que acontece noutras modalidades”, salienta Carolina.
Joana Luzio, que a acompanhava nas idas aos treinos, foi também desafiada a praticar. “É um momento de libertação, de boa onda” e onde, apesar de algumas pessoas competirem, “há respeito pelo ritmo de cada um”.
Florbela Catarino também começou a jogar badminton há cerca de três anos, depois de ter conhecido o clube por intermédio da filha. E também ela enfatiza o “ambiente familiar” vivido nesta casa, assim como as virtudes “terapêuticas”, que encontrou nesta actividade, que alia exercício físico e “umas gargalhadas”.
Para a sua filha, que começou a praticar badminton um ano antes, a modalidade já merece o empenho de quem participa em torneios de divulgação e competição federada. “Movimentos ágeis e pensamento rápido sobre as jogadas” são desafiantes para Camila Ochoa, de 14 anos, que ambiciona trabalhar na área da Saúde, e que, até lá, se dedica com afinco a este passatempo. E na sua família, o entusiasmo veio mesmo para ficar. Até durante o primeiro confinamento, mãe e filha improvisaram um campo em casa só para não deixarem de jogar.
Na casa de Luís Caxaria, nem se percebe quem é mais apaixonado pelo badminton. O funcionário público, de 51 anos, começou a jogar quando era pequeno e continuou a fazê-lo durante a adolescência, até que os afazeres profissionais se sobrepuseram ao hobby. Recentemente, questionado pelo filho acerca das raquetas que ainda resistiam lá por casa, Luís resolveu levá-lo a experimentar.
O gosto instalou-se no miúdo e o pai, que de início só assistia aos treinos, saltou do banco para voltar à acção. Presentemente, ambos competem. O pai nos Seniores e o filho nos Sub-15.
Se julgam que por ter uma “pena”, o jogo é soft e “para meninas”, Luís desconstrói o preconceito. “É um jogo extremamente violento, que exige preparação física, flexibilidade e pensamento técnico”, sublinha o funcionário público, que realça também o facto de se usarem pequenas raquetas e um volante (“pena”), que é preciso saber orientar.
Individualmente ou em pares, que podem ser femininos, masculinos ou mistos, o principal objectivo do jogo é passar o volante sobre a rede, fazendo-o cair no piso do adversário, dentro dos devidos limites do campo. Mas a simplicidade da explicação não reflecte a complexidade da prática, frisa Luís.
Para Diogo Caxaria, de 13 anos, o badminton é um jogo que “dá pica” e onde cada viagem para os torneios é sinónimo de novos lugares para conhecer e de novas amizades para estreitar. No futuro, é na polícia que o adolescente se vê a trabalhar. Mas a modalidade, essa será sempre um passatempo que deseja manter.