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Home Sociedade

O país dos outros

Alexandra Azambuja, publicitária por Alexandra Azambuja, publicitária
Setembro 6, 2018
em Sociedade
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Para mal dos meus pecados conheço gente rica. Não "privo com", mas conheço de perto. É quase sempre um desgosto trocar meia dúzia de palavras com esta gente. Fico com a ideia de que vivem noutro país. E vivem.

Na verdade, um dos muitos privilégios dos ricos é poder pagar para não contactar com o país real. Assim podem continuar com aquele discurso pateta do "Ah, os malandros do rendimento mínimo, que têm plasmas em casa e ténis de marca à custa dos meus impostos".

Aliás, julgo que o único sistema que satisfaria os ricos seria qualquer coisa parecida com o feudalismo. Infelizmente temos essa paródia de democracia em que supostamente as pessoas são todas iguais. Só que não.

Não somos todos iguais, nem no acesso à Educação – com propinas mensais de 1000 euros nos colégios de elite (o valor de uma propina anual numa faculdade pública) – nem no acesso à Saúde, ou no acesso à Justiça. É uma grande pena ter esta distância entre os ricos – e os políticos, já agora ( que mais não são que pré-ricos) – e a realidade.

A vinculação faz-se da proximidade, da convivência, e quem não vê, não sente. E não é boa gente. Aliás, essa anestesia social é absolutamente imprescindível para manter a postura dos ricos sobre o resto da escumalha, (leia-se "nós").

Como poderia um rico dormir descansado se tivesse mesmo de presenciar a miséria alheia dos empregados, a que lhe permite comprar os sapatitos Prada?

Essa coisa do discurso estafado da esquerda (não a esquerda caviar, que só é de esquerda até os 'piquenos' privilégios lhe serem beliscados),  [LER_MAIS] para a qual já não há pachorra, é o discurso de quem sente o outro como próximo, de quem sabe que a vida é uma perfeita lotaria e que o rico que do alto da sua arrogância acha que não poderia ter nascido num outro lugar, seria só um pobre pateta, se a roda da vida o fizesse nascer no lugar errado.

Aproveito pois a paciência dos ricos leirienses que conseguiram ler isto até aqui para deixar algumas informações desagradáveis (embora verdadeiras), sobre o rendimento mínimo: RSI: 287 mil beneficiários; 111 euros cada; mais de 40% são crianças e jovens com menos de 25 anos. Em 2010, da totalidade dos beneficiários só 23% eram empregáveis.

O RSI é uma prestação sujeita a condição de recursos, o que significa que só é atribuído a famílias de rendimentos escassos ou nulos (e aos pobres é mesmo difícil fazer evasão fiscal…).

O ódio de tantos portugueses a esta medida de protecção social (sobretudo o ódio dos 'remediados') é uma coisa difícil de entender. Se há burlas? Claro que sim. Se há abusos? Claro que sim.

Mas então o senhor aqui do prédio em frente que parece que "desviou" cinco milhões de euros para brincar com carros de corrida significa que todos os empresários da formação profissional são bandidos? Ou que todos os ricos são corruptos?

Antes de se porem a fazer políticas de achódromo, era mesmo bom que consultassem a Pordata. E tivessem orgulho num país que tem políticas de protecção social.Ou a crise foi provocada pelos desgraçados do RSI??

Também podem experimentar liberalizar o mercado das rendas até à epifania do mercado puro. Velhos e pobres tudo p'rá rua. Senhorios ao poder. Cá agora manias de gentinha. Afinal são os ricos que criam emprego, já se esqueceram? Cambada de mal agradecidos!

*Publicitária

Etiquetas: Alexandra azambujaopinião
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