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Home Viver

Palavra de Honra | Não convivo bem com a ideia de lados e militância

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Maio 10, 2022
em Viver
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Palavra de Honra | Não convivo bem com a ideia de lados e militância
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– Já não há paciência… para a falta de paciência, o excesso que consome os ícaros em busca despencada na fama ardente. Quanto aos outros, nos abismos da modorra dos sofás, também não se pode. Não convivo bem com a ideia de lados e militância, pastores e rebanhos, com a tendência gregária, clubes, equipas, o individualismo como multidão, a diferença igual. Não somos ilhas mas convenhamos, há pouca tolerância, respeito ou coragem para a solidão.

 – Detesto… entrar numa casa de banho onde não há sabão (acontece muito nas dos homens). Vê-los entrar e sair a puxar a braguilha com mãos de urina sequer passadas por água que vão apertar por aí, máscaras a fingir penduradas na cara, esperemos que caiam mais em desuso e menos para o chão como escarros ou pastilhas. E também não aprecio miolos mastigados, pensamento digerido e regurgitado. 

 – A ideia de… enfrentar o vazio com um sorriso, a falta com criação, o desconhecido com a curiosidade das crianças, de brincar até ao fim e deixar a brincadeira aberta depois disso, trazer desse desconhecido uma dentada e deixá-la à vista de todos.

 – Questiono-me se… algo realmente se comunica, se há verdadeira transferência de ideias entre sujeitos, se alguma vez podemos aspirar a sair do próprio ponto de vista ou encarnar plenamente outro. Sei que a arte pelo menos tenta. 

 – Adoro… saber sobre coisas, banais ou profundas, como funcionam, ouvir conversas no café, observar, andar de bicicleta, de comboio, de avião, mergulhar, especialmente em água salgada, sentir que uma pintura, um livro, um filme, uma música, tudo isto alheio, está como que a acontecer no meu pensamento, adoro todo o tipo de canetas, cadernos, papéis, tralhas, trapos, indumentárias, bugigangas ou (significado repetido) traquitanas, estas e outras palavras também, algumas inventadas, a disciplina de uma horta ou jardim, a metodologia dum fazedor de sapatos, adoro detalhes, adoro superfícies, pensar que se é tudo uma ilusão, ilusão com ilusão se paga. E desenhar nem se fala. 

 – Lembro-me tantas vezes de… abrir um livro da quarta classe de meio físico e social num capítulo sobre o futuro, onde aparecia uma foto de um telefone com um ecrã de televisão, prometendo que a video-chamada seria uma realidade, coisa que ainda hoje apesar de banal, continua a fascinar-me e a parecer só muito remotamente plausível.

 – Desejo secretamente… que alienígenas finalmente se façam anunciar por entre as nuvens ou nos interstícios da realidade, que se rasguem nas dimensões e venham relativizar o lugar da humanidade no universo e a importância que tem para si mesma, tornando digamos escusado tanto antropocentrismo. Já aborrece.

 – Tenho saudades… dos delírios da adolescência, essa vontade de conquistar o mundo, essa certeza férrea e imaculada nas convicções, essa auto-confiança gratuita, o exacerbar dos sentimentos, a verdade à tona e à flor da pele, a exaltação do ridículo nada ridículo, a prática útil da inutilidade e da utopia ou da idiotia, tanto faz.

 – O medo que tive… e que tenho de que o medo me controle, que a ansiedade me paralise, de ser cilindrado pelo perfeccionismo, de (ironicamente) perder o meu centro.

 – Sinto vergonha alheia… de vistas curtas, de claques a destilar testosterona desportiva, militar, política ou social, de imbecilidades radicais, especialmente as fascizantes, de mentalidades vulneráveis ao terror no telejornal, da arrogância oca, da humildade fictícia. 

 – O futuro… é uma espécie de contracapa do livro, onde vem um mini resumo, uma sinopse do presente. É este preciso momento alavancado, um amplificador, viver com aspiração e intensidade, não é bem o que está na página seguinte, é a própria leitura a ser-nos devolvida.

 – Se eu encontrar… é preferível não ter estado à procura (experimentei e ouvi dizer ou ouvi dizer e experimentei) ou à saída do labirinto não quer dizer que seja possível explicar o caminho. Com este mote e outros, lamento, mas uma pessoa espalha-se em chavões, por exemplo, o seguinte:

 – Prometo… tentar cumprir o potencial deste conjunto de átomos que me vai compondo, quer dizer, que me vai sendo emprestado. 

 – Tenho orgulho… em ter feito brotar uma folhinha num caule ressequido não faço ideia de quê que encontrei e que reguei meticulosamente dias a fio, plantado num canteiro de pedrinhas que fiz à porta de casa quando era criança.  

Etiquetas: Nuno ViegasPalavra de HonraViver
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