PUBLICIDADE
A Câmara Municipal das Caldas da Rainha fechou o ano de 2021 com um resultado líquido positivo superior a 1,1 milhões de euros, segundo o relatório de contas aprovado por maioria na Assembleia Municipal.
O resultado líquido do exercício ascendeu a 1.125.494,83 euros, inscritos no relatório apresentado na terça-feira à noite na Assembleia Municipal, onde estiveram em discussão “os resultados de uma gestão de nove meses sob a responsabilidade de um partido (PSD) e três meses de outro”, afirmou o presidente da autarquia do distrito de Leiria, Vítor Marques, eleito pelo movimento independente “Vamos Mudar” nas mais recentes eleições autárquicas.
Num ano “difícil e complexo devido à pandemia de Covid-19”, indicou, o exercício de 2021 ficou marcado por um desvio de 11,2% entre a receita global prevista (45.509.396 euros) e a efectivamente cobrada (40.409.392,00 euros), totalizando a diferença 5,1 milhões de euros.
Entre as receitas correntes cobradas pela autarquia a maior fatia resultou dos impostos directos (14.573.016 euros), seguida das transferências correntes (12.115.218).
A execução do orçamento da despesa evidenciou também um desvio negativo entre a previsão de gastos no valor de 45.509.396,00 euros e as despesas pagas, que se cifraram em 33.764.221 euros, ou seja, menos 11.745.175 euros.
Na despesa destacaram-se em 2021 os encargos com pessoal, que ultrapassaram os 8,8 milhões de euros, “em resultado da aceitação da transferência de competências na área da educação”, explicou Vítor Marques.
A aquisição de bens e serviços (8,7 milhões de euros) e as transferências correntes (6,1 milhões) foram as outras rubricas com mais peso na despesa.
O relatório reflecte ainda que as unidades orgânicas que absorveram mais recursos foram, por ordem decrescente, Habitação e Urbanização, Educação, e Câmara Municipal e Cultura, áreas responsáveis por 67,5% das despesas do município.
No final de 2021 o passivo da câmara ascendia a 8.345.442 euros, dos quais 2.935.921 euros referentes ao montante em dívida de empréstimos bancários, que representa cerca de 45% do passivo.
As contas da autarquia foram aprovadas com os votos favoráveis do movimento “Vamos Mudar” e a abstenção do PS, que, apesar de reconhecer que “a situação financeira e económica da Câmara melhorou globalmente em 2021 em relação ao ano transacto”, criticou “a subida do passivo e uma pequena subida da dívida a fornecedores”.
Os socialistas criticaram também “o mau planeamento das obras em curso”, que responsabilizam por um desvio negativo superior a sete milhões de euros na execução do lado do investimento.
Na mesma reunião foram aprovados, por unanimidade, os resultados dos Serviços Municipais das Caldas da Rainha, que fecharam o ano de 2021 com um resultado negativo de 1,5 milhões de euros.
