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A natureza do amor

Paulo José Costa, psicólogo clínico por Paulo José Costa, psicólogo clínico
Agosto 2, 2018
em Opinião
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A natureza do amor
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Ou sobre o acto universal de cultivar sentimentos pelos outros com quem nos relacionamos e mais estimamos, movimento livre que tem subjacente um mecanismo biológico determinado pelo sistema límbico (SL), unidade cerebral que é o centro das emoções.

O SL integra as estruturas cerebrais relacionadas com comportamentos emocionais e sexuais, memória, aprendizagem, motivação, e também com as respostas homeostáticas de autoregulação e equilíbrio.

A sua função será a integração de informações sensoriais com o estado psíquico interno, onde é atribuído um conteúdo afectivo a correlacionar com as memórias préexistentes. E isso conduz à produção de uma resposta emocional (in)adequada, (in)consciente e/ou vegetativa em função de uma multiplicidade de variáveis.

Lucrécio, poeta e filósofo romano do século I a.c., nada sabia sobre o SL quando ousou escrever um longo poema intitulado Da natureza das coisas. Entre as inúmeras referências àquilo que hoje denominamos de mente e conduta, registamos nessa obra magníficas passagens que aludem ao estado das pessoas quando se apaixonam, o que comprova que este é um domínio transversal a todas as épocas, civilizações e culturas.

Mas também um afecto de domínio incontrolável, rebatendo os sentidos e contaminando a racionalidade, em função do deslumbramento que a ele se associa. De entre outras noções basilares, é atribuída a Lucrécio a ideia de que “a natureza está em nós mais do que a consciência sobre nós mesmos”, o que pressupõe que a vida individual e a forma como ela se vai edificando por via de conexões imponderáveis ou acasos é complexa, orgânica e instintiva.

Mesmo que o domínio da consciência seja um recurso superior do ser humano, o enamoramento – bondade, prazer, satisfação, paixão, ciúme, desgosto, trauma, dependência, apenas para referir alguns, relevam a necessidade de [LER_MAIS] atender a essa linha indistinta e ténue que separa o amor normal do problemático.

Nem sempre é uma evidência que o controlo das paixões da alma e do corpo, o equilíbrio e a paz de espírito ou a busca do conhecimento, sejam premissas que conduzem o ser humano a uma compreensão de si e dos outros.

A vida é coisa incerta. E o amor talvez seja um dos seus ingredientes primordiais. Impressiona o facto de Lucrécio ter a coragem de abdicar de deuses e religiões, guiando o leitor numa perspicácia científica (desprovida de empirismos) a respeito dos fenómenos naturais: a vida, a morte, a matéria, o vazio, a terra, os elementos, o amor e a linguagem.

Tal como na época em que Lucrécio viveu, a existência não progride de forma ordeira e o mundo não é um lugar justo. Períodos de estabilidade são interrompidos por acontecimentos críticos que precipitam mudanças.

Não há forças invisíveis a restaurar a equidade moral e a sinceridade dos sentimentos, ainda que a capacidade de assimilar a complexidade do outro seja uma prova de maturidade, condição necessária para a formação de relações autênticas, genuínas e significativas.

O verdadeiro amor não tem limites, afirma o poeta libanês Khali Gibran: “O amor é a única liberdade do mundo, porque eleva de tal forma o espírito que as leis da humanidade e os fenómenos da natureza não alteram o seu rumo”.

*Psicólogo clínico

Etiquetas: opiniãoPaulo Costa
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