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(Des)empacotando livros, primeira parte: desordem

João Bonifácio Serra, professor coordenador jubilado do Politécnico de Leiria por João Bonifácio Serra, professor coordenador jubilado do Politécnico de Leiria
Julho 19, 2018
em Opinião
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(Des)empacotando livros, primeira parte: desordem
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Nasceu em Berlim, a 15 de Julho de 1892. Foi uma das figuras mais fascinantes do século XX. Filósofo, pensador, escritor, jornalista, crítico literário, guerreiro.

Filho de comerciantes, era um judeu assimilado. Estudou em diversas universidades, doutorou-se. Escreveu, casou-se, viajou, teve um filho, divorciou-se, apaixonou-se, tentou escapar à perseguição de Hitler.

Em Junho de 1940, Paris é ocupada pelos nazis. Walter Benjamin, apátrida e judeu, próximo dos intelectuais da esquerda, residindo na cidade desde 1933, foge para o sul de França. Naqueles sete anos não tinha sido possível deter o avanço do totalitarismo na Europa.

Prepara uma fuga através dos Pirinéus, que o conduziria a Portbou numa tarde de Setembro. Foi aí que, impossibilitado de prosseguir, encontrou a morte [vide o filme de David Mauas,Quem matou Walter Benjamin?, disponível na net).

Pensador, teórico da arte e da política, poeta, é um dos autores mais interessantes e influentes da modernidade. Escreveu sobre um número extraordinário de assuntos. Foi um viajante impenitente.

Os estudos levaram-no de Berlim a Friburgo, Munique, Berna e Francfurte. Depois de 1933, passou temporadas em Moscovo, Marselha, Ibiza, Bergen. Em Paris mudou pelo menos 15 vezes de domicílio.

Com a sua amada biblioteca sucessivamente empacotada e desempacotada. Em 1931 publicou um belíssimo ensaio [Ich packe meine Bibliothek aus, traduzido por João Barrento, Desempacotando a Minha Biblioteca, Edicões Assirio e Alvim, 2004]. Escreve sobre a sua relação com os livros, que as vicissitudes da vida forçaram tantas vezes a interromper e a retomar.

Biblioteca desfeita, livros perdidos. Situações dramáticas: necessidades de vender em momentos críticos, litígio por motivo de divórcio, pilhagens nazis. E o recomeço, a procura obsessiva de outros exemplares, de uma nova colecção. Sísifo.

Numa carta de 1940, escreveu: [LER_MAIS]  “Conheci uma série de anos em que as mais doces sensações foram-me inspiradas pelas peças de uma colecção que juntei com uma paciência ardente. Nos últimos sete anos, sendo obrigado a separar-me dela, nunca mais senti essa bruma que se forma no interior das coisas belas e nos enebria. Mas a nostalgia dessa embriaguês não a perdi.

Não dispondo nem da força nem da coragem de refazer a colecção, operou-se em mim uma transferência. As paixões que outrora se dirigiam para as peças que me obcecavam, viraram-se agora para uma procura abstracta, para a essência da própria colecção.”

A sua relação com os livros dispensa “o valor funcional, portanto a sua utilidade”, pois os “estuda e ama enquanto palco, teatro do seu próprio destino. O mais profundo encantamento do coleccionador é o de fechar a peça individual num círculo mágico em que ela, enquanto é atravessada por um último calafrio – o da sua aquisição -, fica petrificada”.

Para este a “posse é a mais profunda forma de relação que se pode ter com as coisas: não por elas estarem vivas nele, mas porque é ele mesmo quem vive nelas”.

*Docente do Instituto Politécnico de Leiria

Etiquetas: joão bonifácio serra
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