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A minha cidade faz anos

Helena Veludo, arquitecta por Helena Veludo, arquitecta
Maio 17, 2018
em Opinião
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A minha cidade faz anos
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Dia 22 de maio a minha cidade faz anos. Comemora 876 anos do seu primeiro foral e outros tantos se contarmos o seu o início lá para os tempos dos suevos e possivelmente muito antes.

A sua comemoração é independente do ser, mas a ritualização é uma possibilidade de reflexão do que se comemora e de comunhão com…

Apaixonada desde sempre pela cidade, por essa obra maior de construção coletiva, lembro a descoberta desse ser. Desde logo a minha rua, os que nela habitavam e que comigo a descobri(r)am.

Conhecíamos as árvores, onde em muitas fizemos as nossas cabanas, os silvados onde fazíamos os caminhos, que cobríamos com as caixas de papelão das bananas da Madeira e dos ananases dos Açores que o armazém do meu prédio albergava, a piscina do hotel que os moradores do prédio do mesmo dono podiam frequentar, o carro da lavadura do seminário que nos carregava para o extremo do seminário e as histórias ouvidas do senhor Manuel, que tinha estado na primeira guerra e se sentava debaixo do loureiro do qual trazíamos o louro para a nossa cozinha… as amoras e o doce de amora que os silvados em agosto brotavam…mais tarde, na minha infância, as ruas para a escola escolhidas pelos odores imanados das rosas Sta. Teresinha, o alecrim , o rosmaninho e chegados a escola os pavilhões junto ao rio Lis cujo percurso permitia que enviássemos mensagens aos amigos dos barcos feitos de papel …mais  [LER_MAIS] tarde ainda dos caminhos escuros que nem bréu para chegar a escola, que nos obrigavam a usar pilha porque não havia luz nem mudança da hora de verão para inverno…das bolas pedidas mais longe ainda na fábrica dos Ruanos…e os rolamentos para os carros na garagem da avenida…

Nesta fase, quando a distância a casa ia para alem da avenida, eramos acompanhados a cavalo por amigo cigano cuja família se tinha instalado em pequenas construções na traseira da nossa casa e nos cadeirões de palha onde dormíamos a sesta eu, meus irmãos e minha mãe.

E ainda mais tarde já em plena adolescência lembro a diversidade de ruas que percorria para atingir a escola onde morava de dia. Aí estudava, namorava, jogava das 8 da manhã às 8 da noite e as vezes mais, pelo menos os cinco dias da semana, fora os sábados que dançava, na cantina da escola.

Nesta fase atingida a cota mais baixa da cidade, a baixa, havia que subir e o estímulo era a sina que tirávamos na papelaria da esquina mesmo antes da subida, até ao muro, primeiro patamar onde aliamos e retomávamos forças para a ingreme subida.

A feira de maio chegava e o pai levava ao poço da morte e aos carrinhos de choque, a mãe ao carrossel e o avô as novidades que a feira revelava e também a sina.

Da feira saímos sempre com uma bola de serradura que depressa se esventrava num tic-tac de mãos e parede e tudo o mais.

Tenho da memória da minha cidade, cheiros, sons, tactos, paladares e imagens em todas as ruas. Todos os dias em particular quando ela se me revela menos amistosa são essas memorias que alentam e me tornam cúmplice do estar aqui. Parabéns Leiria!

*Arquitecta

Etiquetas: helenaveludoopinião
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