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Os nossos queridos mais velhos

Clara Leão, professora de dança por Clara Leão, professora de dança
Março 1, 2018
em Opinião
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Os nossos queridos mais velhos
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É absolutamente incompreensível a incapacidade que muitos têm de perceber, por um lado, o imenso capital de sabedoria, afectos e história das vidas em volta que um mais velho representa, e, por outro, a crudelíssima tristeza que lhes é infligida com o abandono físico e/ou emocional, quando a ele são votados.

Sénior, ou idoso, ou cidadão na terceira idade, ou como lhe queiram chamar, eles seremos nós, e num espaço de tempo muito mais curto do que sempre supomos, qualquer que seja agora a nossa idade!

Vivemos numa sociedade que sofreu uma profunda alteração na sua forma ancestral de se organizar, e se habituou à vida em família nuclear, deixando de incluir avós, tias solteiras, e tantas vezes bisavós, debaixo do mesmo tecto, partilhando das mesmas alegrias e aflições, grandes decisões e acontecimentos.

Circunstância que foi desenvolvendo uma enorme dificuldade em filhos adultos e netos adolescentes poderem conhecer-lhes o pensamento, a capacidade e a valia, transformando-os em visitas, ou visitados, dos almoços de domingo, se vivem longe, ou, na muito melhor das hipóteses, em baby siter ou em transportadores de netos.

Relação esta, de avós e netos, absolutamente desejável, entenda-se, desde que os netos a vejam passar para dentro de casa. Apesar de uma enorme quantidade de instituições apostadas, e muito bem, em promover excursões, cursos de aprendizagens várias, grupos de caminhada, bailes, universidades sénior, e muito mais, tudo isto importantíssimo, evidentemente, o mais importante não é nada disto.

O mais importante não é a quantidade de locais que têm para se reunir, o leque de cursos que podem frequentar ou a regularidade com que saem a passeios. O mais importante são os afectos estruturais, que não podem ser confundidos com as amizades novas feitas no grupo do crochet ou da leitura, ou com o carinho dos cuidadores pagos, por tão importantes que sejam.

 [LER_MAIS] O mais importante são os afectos antigos que vêm da raiz dos tempos e estruturaram toda uma vida dita activa; afectos que chegaram de pais e avós, se estenderam a irmãos, a conjugues, a sobrinhos, desaguando depois nos filhos e por fim nos netos, constituindo-se como uma trama invisível que se entreteceu na urdura dos acontecimentos e assim lhes foi construindo a vida.

O mais importante, mesmo, são esses afectos traduzidos no número de abraços e beijos que receberem dos seus, no cuidado com que esses lhes queiram velar a vida, na real importância que derem à sua muito sábia opinião, no prazer com que escutem as histórias que mais ninguém lhes pode contar, e no respeito que lhes demonstrem.

No Japão, o Dia do Respeito ao Idoso é um feriado nacional, lembrando o muito que contribuíram para a sociedade, e desejando a sua longevidade e felicidade. Em Portugal estamos muito longe disso.

Segundo a OMS estamos é entre os cinco piores, em cinquenta e três países europeus, no que respeita a maus tratos a idosos, e no topo da lista em relação ao investimento no seu bemestar. Conheço muito bem o carinho e o respeito votado a muitos.

Mas conheço bem de mais o abandono em afectos de que outros tanto sofrem. Para um povo que se considera afectuoso e hospitaleiro, é no mínimo hipócrita. Mas é sobretudo uma tristeza infinita e uma imensa vergonha.

*Professora de dança

Etiquetas: Clara Leãoopinião
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