No passado dia 13 de Janeiro tiveram lugar as eleições directas para o PSD, para escolha de um novo líder. Face aos resultados autárquicos, o presidente Pedro Passos Coelho informou que não estaria disponível para uma recandidatura ao cargo e iniciou-se um processo eleitoral que foi demasiado longo, na minha opinião, e que culminou com a eleição de Rui Rio para presidente do PSD.
Não vou deter-me sobre as questões de campanha interna, porque ultrapassado está esse momento, mas centrar a minha análise no futuro e no que pode representar para o PSD, mas essencialmente para o País.
Apesar de nem tudo ter sido bem feito, é inquestionável o papel que representou para a salvação nacional o desempenho do Governo PSD, liderado por Pedro Passos Coelho. Para aqueles que não querem ver, basta observar o momento que se vive na Grécia, onde continuam a ser exigidas medidas de austeridade, as tais que Alex Tsípras recusava, para garantir o apoio das entidades europeias.
Ora, não há dúvida que foi o desempenho do Governo de Pedro Passos Coelho que criou as condições para que esta solução governativa, que não ganhou eleições, mas é suportada por uma maioria parlamentar, consiga ter margem para a implementação de um conjunto de medidas que, esperamos, não venham a ser causadores de novo arrepio.
Assim, a questão a colocar é se, com o actual ambiente, interno e externo, não seria possível estarmos com melhor desempenho, ao nível do crescimento económico, do déficit e da dívida?
Eu entendo que era possível estarmos com um ritmo mais acelerado, se este Governo não estivesse amarrado a uma extrema esquerda que vai impondo condições para o seu apoio, o que tem resultado numa governação de navegação à vista, de muito curto prazo, já para não falar nas asneiras e nas trapalhadas que parece, ainda, ninguém se importar!
E é por este cenário que se torna relevante para o País o PSD ter escolhido um novo líder, e esse líder ser Rui Rio. Porque Portugal precisa de encontrar uma alternativa que no próximo ano se apresente às eleições legislativas com a competência, preparação e credibilidade para que possa ser a escolha, novamente, da maioria dos portugueses e dessa forma construir uma nova esperança para os portugueses.
Importa, por isso, que o PSD se organize a partir do Congresso Nacional que terá lugar no próximo mês, sendo determinante construir uma união interna o mais coesa e forte possível, onde todos deverão estar disponíveis para colaborar, no sentido de afirmar o PSD como uma alternativa de governação, deixando para trás questiúnculas menores, face à dimensão da empreitada!
[LER_MAIS] No Congresso será validada a estratégia do presidente Rui Rio, alguém que desde há muito tempo é altamente reconhecido pela população portuguesa, bastando para isso analisar as várias sondagens para testar os seus níveis de aceitação.
Rui Rio tem credibilidade, competência, qualificações e conhecimento amplo da situação nacional e já demonstrou na sua moção de estratégia global que existem temas centrais que urge desenvolver e aprofundar.
Desde o equilíbrio das finanças públicas, garantindo crescimento, convergência e emprego, com políticas ambientais e de sustentabilidade, para uma economia mais dinâmica e competitiva, não esquecendo o desenvolvimento social, a educação, cultura, saúde e bem-estar, por uma sociedade mais equitativa e solidária, até à vontade de concretizar um conjunto de reformas adiadas, quer na vida interna do Partido quer, essencialmente, no País, onde temos de ter um Estado forte e organizado que liberte e proteja os cidadãos.
Com toda a certeza que a partir do Congresso que terminará no dia 18 de Fevereiro ficaremos a conhecer com maior detalhe a visão do Presidente Rui Rio para Portugal, sendo que a hora é mesmo de agir! Por Portugal!
*Presidente da Comissão Política Distrital, do PSD de Leiria