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Home Sociedade

Vera Ferreira luta para travar desaparecimento de línguas ameaçadas

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Outubro 30, 2021
em Sociedade
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Vera Ferreira luta para travar desaparecimento de línguas ameaçadas
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Nascida na aldeia de Santo Antão, Batalha, no seio de uma família “ligada aos números”, Vera Ferreira acabou por seguir um caminho diferente e, desde cedo, se deixou seduzir pela diversidade linguística.

Formou-se em Línguas e Literaturas Modernas e foi durante o mestrado, primeiro, e depois com o doutoramento que se encantou pelas línguas “exóticas”, lutando, desde então, pela sua preservação.

Trabalha como linguista documental no Programa de Documentação de Línguas em Perigo da Academia de Ciências e Humanidades de Berlim- Brandenburg, na Alemanha.

Está também ligada ao Centro Interdisciplinar de Documentação Linguística e Social (CIDLeS), do qual é co-fundadora e que tem sede em Minde, o seu “laboratório” de eleição para estudar o minderico, falado nesta povoação e pelo qual se apaixonou há quase 25 anos.

Vera Ferreira recua aos primeiros anos da escola primária para explicar o seu gosto pela diversidade linguística. Conta que, ao mesmo tempo que aprendia a escrever e a ler em Português, dava os primeiros passos na descoberta do Alemão, como auto-didacta.

“Aos seis anos, comecei a comprar a revista Bravo. Mas não queria apenas ver as imagens dos artistas. Também queria perceber os textos. Então, pedi aos meus pais um dicionário de Alemão-Português”, [LER_MAIS]recorda, revelando que tem o hábito de falar enquanto dorme e que, nessa altura, lhe saíam palavras na língua germânica.

Sem surpresa, Vera Ferreira foi parar ao curso de Línguas e Literaturas Modernas – Inglês e Alemão, que fez na Universidade de Coimbra, mesmo sem ter tido aulas de Alemão no secundário, preparando-se “sozinha” para o exame de acesso.

Um pequeno livro que fez diferença

Apesar de já então perceber que era a área mais científica da língua que queria seguir, Vera Ferreira acabou por aceitar o conselho dos professores e enveredou pela via do ensino.

O estágio curricular na Escola Secundária da Batalha, já depois de ter passado pela Alemanha enquanto aluna de Erasmus, serviu para desfazer dúvidas. Mais do que a aprendizagem da língua e da literatura, Vera queria aprofundar o conhecimento em linguística.

Rumou, então, à Universidade de Munique, onde fez o mestrado e depois o doutoramento nessa área, especializando-se em linguística documental e em línguas ameaçadas.

Parte do trabalho de campo envolveu estadias em Miranda do Douro e em Barrancos, onde contactou com o mirandês – uma das três línguas oficiais do País, além do Português e da Língua Gestual Portuguesa – e com o barranquenho.

“Em Barrancos havia nessa altura muitas crianças que só aprendiam o Português na escola primária. Ainda hoje isso acontece”, observa.

Durante esse percurso, um pequeno livro em minderico, oferecido por um amigo do pai que sabia do seu interesse pelas línguas, levou Vera Ferreira até Minde e à descoberta de um linguarejar, que durante muitos anos foi classificado como dialecto, criado e usado por fabricantes e vendedores tradicionais mantas da freguesia, que o trabalho de investigação de Vera Ferreira tem procurado provar tratar-se de uma língua.

Foi, aliás, em Minde, que foi criado o Centro Interdisciplinar de Documentação Linguística e Social, um projecto que nasceu de uma candidatura apresentada por Vera Ferreira, juntamente com outros investigadores portugueses e estrangeiros, ao programa de documentação de línguas ameaçadas da Fundação Volkswagen, que tem por foco a Europa.

“A minha luta tem sido a de mostrar a importância de preservar a diversidade linguística, convicta de que, ajudando a consciencializar para a diferença, podemos melhorar a sociedade em que vivemos”, alega Vera Ferreira, que trabalha também na formação de outros linguistas, aos quais dá apoio na recolha, processamento e arquivamento de dados, de forma a que fiquem acessíveis à comunidade científica.

Etiquetas: alemanhaBatalhacomunidadeslinguas ameaçadaslinguistamindericovera ferreira
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