Estava à venda desde o início de Março, por um valor mínimo de 7,2 milhões de euros, no âmbito do processo de insolvência, mas não apareceu nenhum interessado em comprar a empresa de moldes Geco.
“O concurso ficou deserto”, disse ao JORNAL DE LEIRIA Wilson Mendes, administrador judicial encarregue do processo, esta terça-feira, depois de terminado o prazo estipulado para a entrega de propostas em carta fechada.
No mercado estava um estabelecimento industrial destinado à fabricação de moldes para plástico, incluindo bens móveis e imóveis, constituídos em lote único.
O lote é composto por prédios urbanos destinados a armazéns e actividade industrial, terrenos rústicos, mobiliário de escritório e equipamento informático, máquinas, equipamentos, ferramentas e veículos.
O anúncio estipulava ainda que os interessados teriam obrigatoriamente de incorporar os trabalhadores com vínculo laboral à data da transmissão do estabelecimento, um total de 30 pessoas.
Agora, não tendo surgido nenhum interessado, os contratos destes trabalhadores serão cessados e as pessoas encaminhadas para a Segurança Social, para receberem subsídio de desemprego.
Já o património, “voltará ao mercado”, em condições diferentes, que serão definidas entre o administrador judicial e a Comissão de Credores.
“Provavelmente, serão criados vários lotes de bens a vender, em vez de um lote único”, diz Wilson Mendes, sublinhando que “foram enveredados todos os esforços para encontrar players que dessem continuidade à actividade e mantivessem os postos de trabalho, mas infelizmente ficou frustrada esta possibilidade”.
Não tendo até agora surgido nenhum potencial investidor para reactivar a Geco enquanto unidade fabricante de moldes, Wilson Mendes não acredita que tal aconteça no futuro próximo, “tendo em conta a conjuntura e a instabilidade que se vivem”.
A empresa está parada desde Junho de 2021 e tem dívidas na ordem dos 25 milhões de euros.