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Os apaixonados por História, que disponham de alguns milhões de euros, têm actualmente a oportunidade de investir num punhado de quintas e de palacetes centenários, que estão disponíveis no mercado, concentrados, sobretudo, no Sul do distrito de Leiria.
De arquitectura marcante, brasonados, com capela ou vista para o mar, eis alguns dos imóveis cheios de razões para comprar ou, simplesmente, para sonhar.
Em São Martinho do Porto, no concelho de Alcobaça, fica um destes charmosos palacetes, com vista sobre a baía. A construção, que remonta ao início do século XX, em estilo arquitectónico Arte Nova, está no mercado por 3,8 milhões de euros. Uma pesquisa pelo site Imovirtual remete-nos para este palacete que foi considerado Imóvel de Interesse Municipal e Patrimonial pelo Ministério da Cultura, em 1996. Os promotores imobiliários identificam- -no como “edifício construído entre 1917 e 1920, por Jaime Granger Pinto, capitão e engenheiro militar, grande benemérito da terra”, e projectado pelo arquitecto Ernest Korrodi, autor de diversos outros projectos de edifícios Arte Nova. Actualmente transformado em hotel, o palacete mantém as características arquitectónicas da sua origem, rematam os promotores.
No mercado por 1,35 milhões de euros, há no Bombarral uma quinta centenária, de tipologia T9 e terreno de 16.650 metros quadrados, onde cada recanto está repleto de História. O conjunto de três edificações que formam esta quinta constituíam uma antiga estação da mala-posta, que na década de 50 do século XIX assegurava o serviço de transporte de passageiros e correio. Alguns dos espaços actualmente usados como arrecadações e garagem serviram então de cocheiras e de habitação para os funcionários. Localizada no centro da vila, a quinta está próxima de comércio e serviços, próxima de praias, de Óbidos e até de Lisboa, notam os promotores imobiliários.
Já em Óbidos, por 4,7 milhões de euros, está disponível no mercado uma quinta histórica brasonada do século XVII, que integra uma casa senhorial com capela, além de vários edifícios e anexos de apoio agrícola: casa de caseiros, armazéns, celeiros, destilaria, lagares de vinho e azeite, picadeiros, currais e boxes para cavalos. Os promotores referem que, nos 72 hectares que a compõem, há uma parte ocupada com uma floresta de pinheiros bravos, sobreiros e choupos, sendo que os restantes 65 hectares têm [LER_MAIS]excelente aptidão agrícola. Em causa uma “propriedade com muito charme e grande potencial para o desenvolvimento de projecto de turismo de qualidade: hotel de charme, turismo de lazer, turismo equestre, entre outros, e também para a dinamização da actividade agrícola”, sugerem ainda. Numa área específica e distante do núcleo habitacional, acrescentam, “encontram-se os vestígios de uma cidade romana, zona de protecção arqueológica”.
A data
1996
Ano em que o palacete de São Martinho do Porto (na foto) foi classificado como Imóvel de Interesse Municipal e Patrimonial pelo Ministério da Cultura. O edifício “possui madeiras de pinhais e matas da região e pedra de Pero Pinheiro, trabalhados no local por artífices também da região”, salientam os seus promotores imobiliários, que realçam ainda pormenores de cantaria, azulejos e vitrais
