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Nós e esta mania de complicar. Às vezes, no meio de um bosque esverdeado, onde paira uma neblina vibrante, olho em volta e torna-se difícil consentir que somos todos o mesmo: as árvores e nós, os animais e nós, a terra e nós.
Fomos todos plantados com semelhante semente. Ainda assim, a todos eles cabe o cargo único de existir levemente e a nós achar que nos cabem outros.
Fomos simultaneamente abençoados e endiabrados com a capacidade de pensar mais do que eles, e vivemos inconformados.
Precisamos de objetivos definidos, de metas, de ter que fazer porque, caso contrário, sentimo-nos vazios, com as entranhas a flutuar em vácuo. Quando leio notícias, ou folheio o jornal, noto um desvio.
Existem os pançudos do mundo (é assim que os visualizo, independentemente da estatura, sentados em poltronas banhadas a ouro enquanto brincam connosco como quem brinca com marionetas) e é para eles que dobramos a perna em dois, como quem o faz a um deus, em jeito de submissão.
A mim, contudo, eles não me parecem outra coisa senão desviados.
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*Estudante
*Texto escrito de acordo com a nova ortografia
