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Paulo Ferreira: “Nunca tivemos um plano de investimentos tão ousado e tão grande como temos agora para o hidrogénio”

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Setembro 18, 2020
em Entrevista
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Paulo Ferreira: “Nunca tivemos um plano de investimentos tão ousado e tão grande como temos agora para o hidrogénio”
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Têm, há dois anos, na PRF, um departamento especializado em hidrogénio. Por que decidiram criá-lo?
Achamos há muito tempo que o hidrogénio é uma energia que vai ser muito importante na matriz energética do País e do mundo. Os gases renováveis têm um papel importantíssimo já hoje, mas no seguimento do Acordo de Paris [assinado em 2016] é inevitável que uma grande parte da energia que vamos consumir seja proveniente de fontes renováveis. O hidrogénio é um gás 100% verde.

Nos vossos projectos, actualmente, que percentagem tem que ver com o hidrogénio e outro tipo de gases renováveis?
Em dinheiro, é muito próximo de zero. A facturação da PRF na área dos gases renováveis ainda é incipiente. Estamos num período de investimento. Há soluções técnicas para o cliente, soluções económicas, projectos que já estão mais maduros, mas ainda estamos numa fase muito de investigação, desenvolvimento, até que estas unidades de negócio em que incluímos o biogás e o hidrogénio tenham um peso importante na PRF e noutras empresas. Daqui por 10 anos, 80 % da actividade da PRF será [relacionada com] gases renováveis.

Vai ser preciso algum investimento público para estimular o mercado do hidrogénio?
É indispensável que haja um apoio forte. Para qualquer mudança é preciso apoio institucional. E muitas vezes não falamos de dinheiro. Para termos uma ideia: só há quinze dias saiu o modelo regulatório que regula a produção e injecção dos gases renováveis.

O facto de termos uma Estratégia Nacional para o Hidrogénio representa uma nova era no sector das energias?
Vai representar uma nova era, é inevitável. Quando assinámos o Acordo de Paris comprometemo-nos com uma quantidade de coisas. Para cumprirmos, é preciso fazer muita coisa. As entidades competentes estão a fazê-lo e acho que o estão a fazer bem. Há muito trabalho feito, há muitíssimo trabalho que é preciso fazer. Se queremos cumprir as metas com que nos comprometemos no Acordo de Paris, há que fazer este trabalho todo. É preciso descarbonizar muitíssimo.

Existe a ambição de que Portugal possa ser uma espécie de hub no trânsito global deste sector. Temos condições para ocupar essa posição?
Sim, Portugal tem uma série de condições estratégicas. Para produzir hidrogénio [verde] precisamos de energias renováveis, que podem vir do solar ou do eólico. Temos um bom parque eólico, temos alguns projectos de [energia] solar importantes [e] vamos ter num futuro próximo muitos mais. Como se tem visto nestes últimos leilões, conseguimos ter custos de energia eléctrica muitíssimo competitivos. Os leilões mais baratos no mundo até hoje. Temos vários portos, mas, se falarmos de Sines, temos um porto com condições fantásticas para exportação de hidrogénio. Se quisermos transportá-lo para qualquer parte da Europa por via ferroviária, hoje ainda não é uma solução, mas acredito que brevemente estará resolvido o problema e teremos uma facilidade enorme de transportar por via ferroviária o hidrogénio para qualquer parte da Europa. Ao que parece, vamos ter fundos comunitários que apoiam estes projectos. Portanto, sim, temos todas as condições para fazer de Portugal um hub importante na área do hidrogénio. Não aproveitar a oportunidade seria um erro. Outra parte ainda importante: é uma oportunidade de desenvolver a indústria portuguesa. Nós estamos a desenvolver equipamentos de fabrico nosso que depois vão utilizar o hidrogénio. Precisam de engenharia, de fabrico, precisam de ser instalados, é preciso fazer manutenção, enfim, tudo isso é o core da PRF nos gases combustíveis e o hidrogénio não será diferente.

Leiria pode ter algum papel a desempenhar?
Para a indústria, Leiria é um centro extraordinário. Tem tudo. A PRF tem um plano muito ambicioso de investimentos nesta área. Somos uma empresa com 30 anos, temos operações em vinte países diferentes, em três continentes, nunca tivemos um plano de investimentos tão ousado e tão grande como temos agora para o hidrogénio na área de investigação, desenvolvimento, prototipagem de equipamentos e industrialização. Leiria tem uma palavra importante a dizer nesta área.

Que exemplos já temos em Portugal de aplicação do hidrogénio?
A refinaria de Sines é um grande consumidor de hidrogénio, a petroquímica de Estarreja também, e depois há algumas outras indústrias, com menos peso, mas há muitos exemplos, em Portugal.

O que é que esta transição significa para empresas de sectores não energéticos, que precisam de energia mas têm outro tipo de actividade?
Vão começar por ter, no gás natural que compram, uma mistura de gás natural e hidrogénio. E uma parte do hidrogénio verde que vamos produzir em Portugal será para injectar nas redes de gás natural. Prevê-se que até 2030 poderá chegar a 30%. Estamos a equilibrar a balança comercial portuguesa e a descarbonizar os nossos consumos, porque quanto menos gás natural consumimos e mais hidrogénio consumimos, menos emissões temos. Eu, que estou a pagar, na minha indústria, pelas emissões que tenho, taxas de carbono, se na infra-estrutura de gás natural vem um produto que não tem contém carbono, vou pagar menos.

É previsível que tenha efeitos ao nível do preço da energia para o consumidor ou empresa?
Acho que estamos longe de uma resposta honesta e objectiva.

Uma das desvantagens é que o hidrogénio verde é mais caro de obter em comparação com outras fontes.
Hoje sim, no futuro muito próximo tenho algumas dúvidas. Eu acredito que num futuro não muito longínquo o hidrogénio verde possa ser competitivo com outras energias. Desde logo com o hidrogénio produzido de fontes não renováveis.

Que vantagens e desvantagens vê no hidrogénio verde?
Em primeiro lugar, não é uma escolha. É preciso termos claro que a escolha foi feita no Acordo de Paris. As taxas de carbono vão triplicar nos próximos tempos e portanto as empresas mais poluidoras mais taxas irão pagar, isso é inevitável.

Estamos a falar de uma via de descarbonização para chegar à neutralidade carbónica. O que vai fazer parte desse mix?
Nos gases renováveis vai estar o biogás e vai estar o hidrogénio, mas estamos a falar de uma linha só, haverá outras. Desde logo, fechar a central de Sines, que tem paragem anunciada. Quanto mais energia renovável produzimos, menos energia gastamos produzida a gás natural ou produzida a carvão. O hidrogénio vai ser uma parte da solução. Está a crescer muitíssimo o mercado do gás natural para a mobilidade rodoviária, portanto, o gás natural, sob o nosso ponto de vista, continuará a ter um papel importantíssimo e vai continuar a crescer nos próximos anos. É uma transição.

Mas já conseguimos dizer o que são energias do passado e o que são energias do futuro.
Todas as energias que contribuem para a descarbonização são as energias do futuro.

Empresário fã de automóveis
 
Paulo Ferreira, 49 anos, é administrador da PRF, que fundou há quase 30 anos (a data assinalase no próximo mês de Fevereiro). A empresa com sede em Alcogulhe, Leiria, actua no mercado dos gases combustíveis, com capacidade para executar projectos chave-namão, desde a engenharia e desenvolvimento até ao momento da construção e manutenção de infra-estruturas. Está presente em duas dezenas de países e em três continentes: Europa, África (sobretudo, Angola e Moçambique) e América do Sul (foco no Brasil). Os negócios no estrangeiro valem 80 % da facturação da PRF, onde trabalham 140 pessoas, entre colaboradores baseados em Portugal e outros que se encontram no exterior. Muitos deles são engenheiros e há uma percentagem importante de licenciados no quadro de recursos humanos. A maior parte da actividade prende-se com investimentos no sector do gás natural e o restante são projectos de GPL. Mas a PRF está já a posicionar-se para o futuro que passa pela utilização de gases renováveis como o hidrogénio verde e o biogás, com o objectivo de reduzir as emissões poluentes. Fora da empresa, Paulo Ferreira é apaixonado pelas corridas de todo-o-terreno e costuma participar em provas do campeonato nacional numa Toyota Hilux. Prefere o deserto e etapas longas: já esteve na Africa Eco Race e nos ralis de Marrocos e da Tunísia, o Dakar é um objectivo. Quem sabe, com o filho, João Ferreira, também piloto no campeonato nacional de todo-o-terreno.
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