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Tem 144 metros quadrados e começa a ser perceptível aos 15 metros de altura.
“Ao atingir os 40 metros de altura estaremos no ponto perfeito para apreciar todos os pormenores do projecto”, sublinha Basílio, o autor da instalação artística que é homenagem a António Trovão, anterior proprietário do terreno em Fonte do Oleiro, Porto de Mós, onde a obra está executada.
“O Sr. António, falecido avô da minha mulher, trabalhou arduamente no campo durante toda a sua vida. O seu incansável trabalho permitiu às actuais gerações usufruírem de uma qualidade de vida acima da média. Eu, por intermédio da minha mulher, podendo usufruir de tudo o que foi conquistado, quero demonstrar o meu sentido agradecimento. Uma homenagem com a sua silhueta trabalhada numa das suas terras”, explica no texto de suporte ao vídeo partilhado no YouTube.
Basílio usou ferramentas agrícolas (enxada, sacho) e aplicou conceitos relacionados com a comunicação e edição de conteúdos num mundo digital, em rede.
“Este rosto é apenas identificado quando é utilizado o efeito de visualização negativo. Este método permite-nos subentender parte do projecto, sendo que, a imagem trabalhada está no sítio certo, mas não permite que seja identificável a olho nu. Analogamente, esta comunicação transmite a nossa crença. O Sr. António não está fisicamente entre nós, mas a sua memória será algo sempre presente. Este efeito negativo, em termos teóricos identifica também o futuro tecnológico que nos espera”, detalha.
Basílio acredita que a técnica escolhida para este projecto em que o solo é superfície de trabalho pode ter aplicação, por exemplo, em áreas tão diferentes como bancos de areia em campos de golfe e quintas nas encostas do Douro, com objectivos artísticos ou de marketing.
No futuro, pretende continuar a explorar “novos mercados” e “planos diferentes do habitual”.
