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Home Sociedade

Comer bem é ter uma alimentação equilibrada e sustentável

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Outubro 15, 2020
em Sociedade
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Comer bem é ter uma alimentação equilibrada e sustentável
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“Nunca foi tão fácil aceder à informação, mas também nunca foi tão difícil para pessoas que são leigas aceder a informação de qualidade.” O alerta é deixado por Nuno Santos, nutricionista e investigador do Politécnico de Leiria.

Basta fazer uma pesquisa sem grande esforço no Google para rapidamente aparecerem dietas milagrosas e super-alimentos que curam doenças, substituem medicamentos e dão a garantia de uma vida saudável.

A comemorar-se o Dia Mundial da Alimentação, que se assinala no dia 16 de Outubro, é preciso sublinhar que cada pessoa é única e que os alimentos podem ser utilizados como coadjuvantes de uma recuperação e serem incluídos numa dieta saudável, mas será sempre em conjunto e não apenas isolados.

O alerta é deixado pelos vários especialistas em nutrição com quem o JORNAL DE LEIRIA falou, que são unânimes em apontar o padrão mediterrânico – associa a alimentação ao estilo de vida – como o que melhores resultados oferece para uma alimentação saudável.

Equilíbrio e sustentabilidade e uma aposta na roda dos alimentos nas quantidades certas parecem ser o segredo para uma alimentação saudável, em pessoas sem patologias.

Esta base, aliada ao exercício físico, será um contributo para a prevenção de doenças cardiovasculares, obesidade ou diabetes, asseguram os nutricionistas.

“Alimentação saudável é comer de tudo na quantidade certa e no tempo certo. Deve ser adequada, equilibrada, variada e completa. Não defendo as restrições severas, a não ser em caso de patologias associadas que o justifiquem”, afirma Graça Medina, coordenadora da Unidade de Nutrição e Dietética do Centro Hospitalar de Leiria (CHL).

Ângela Carvalho, nutricionista do CHL, acrescenta que “não será seguir tanto a pirâmide, mas a roda dos alimentos mediterrânica”, pois esse tipo de alimentos dá respostas “não só em termos de saúde, mas também de sustentabilidade”. Esta nutricionista defende que uma boa alimentação deve ser “exequível a longo prazo” e “sustentável para o ambiente”. Por isso, um plano alimentar deverá ser personalizado e apostar em alimentos da época e regionais.

Marlene Lages, investigadora do ciTechCare – Centro de Inovação em Tecnologias e Cuidados de Saúde do Politécnico de Leiria, adverte ainda que a alimentação saudável poder ser um problema, provocando ortorexia, uma doença que se traduz pela obsessão por uma alimentação saudável.

Por isso, também esta nutricionista aponta o “equilíbrio entre comermos o que nos faz bem e o que nos faz sentir bem” como uma das fórmulas a ser usada. “Não deve haver uma restrição demasiado elevada porque pode levar a esta tal obsessão”, reforça, lembrando que há o hábito, hoje em dia, de transformar alimentos menos saudáveis em saudáveis para não se sentir culpa quando os ingerimos.

“Por exemplo, as bolas de Berlim, que são um produto que só consumimos esporadicamente e que nos dão gosto, são agora produzidas em versões mais saudáveis, o que pode não ser a melhor solução.” Além do consumo de produtos saudáveis, Marlene[LER_MAIS] Lages aconselha a prática do exercício físico e de um sono reparador. Será o conjunto de tudo que irá traduzir um estilo de vida saudável.

Super-alimentos ou super-poderes, só mesmo em campanhas de marketing. As propriedades de cada produto podem ser benéficas, mas sozinhas nada fazem.

“Não há nenhum alimento que seja suficientemente saudável que possa ser consumido em excesso. Até a água em excesso tem os seus efeitos negativos em termos de funcionamento dos rins. Também não há nenhum que seja tão mau que não se possa comer pontualmente. Faz mais mal não comer bem do que comer mal. Ou seja, até posso comer arroz branco e frango todos os dias, mas não comer frutas e legumes faz pior do que comer um frito de vez em quando se comer os legumes e frutas”, reforça Raquel Oliveira.

Marlene Lages recorda uma frase de Hipócrates: ‘que o teu alimento seja o teu remédio e que o teu remédio seja o teu alimento’. “A nutrição vai ter sempre uma influência em qualquer processo patológico, mesmo no cancro. Já desde as civilizações mais antigas que o conceito de que um alimento pode curar uma determinada patologia está assente, mesmo com coisas muito pequenas, como beber um chá com mel quando estamos constipados”, constata.

Mas os chamados super-alimentos “terão de estar sempre enquadrados com o conceito de alimentação saudável e de equilíbrio”, mesmo quando usados como tratamento de primeira linha, como sucede na obesidade ou diabetes tipo 2. Agora, “não significa que resulte sempre, porque são doenças multifactoriais”.

Beber um copo de água morno de manhã ou comer fruta antes da refeição, conselhos que são proferidos por um amigo ou na internet como formas de melhorar a saúde, “não têm evidência científica absolutamente nenhuma”, garante Nuno Santos.

“Isto é o problema entre a ciência e aquilo a que chamamos o conhecimento mais popular. Há um velho ditado português que diz: ‘de médico e de louco todos temos um pouco’. É assustador a informação imprecisa que circula. Na maioria das vezes, é inócua, mas às vezes não.”

Ângela Carvalho admite que, por vezes, quando há um alimento que é apontado pelo utente como tendo características muito benéficas, pode até ser utilizado como “efeito placebo”. “O facto de acreditar é meio caminho andado para ajudar na recuperação. Mas, também é verdade que aalimentação é uma base essencial para a maior parte das patologias, porque contribui para um bom estado nutricional”, assegura.

Padrão mediterrânico e os seus benefícios

Nuno Santos explica que existe uma diferença entre a dieta mediterrânica e o padrão alimentar. “A dieta é o conjunto de alimentos que ingerimos e o padrão alimentar integra ainda a componente sócio-cultural. Além dos alimentos, o padrão inclui se somos ou não mais sedentários, de que forma comemos aqueles alimentos, como os dividimos ao longo do dia, se comemos sozinhos ou com outras pessoas.

O que está na base do padrão alimentar mediterrânico, não é aquilo que comemos, mas a forma como comemos”, adianta.

O investigador garante que é este padrão que está provado cientificamente ser, actualmente, o mais saudável. “Um estudo, que decorreu durante cerca de cinco anos e que envolveu mais de seis mil pessoas, concluiu que a incidência de problemas cardiovasculares em pessoas que estavam a fazer a dieta mediterrânica, como enfarte do miocárdio AVC e afins, tinha um decréscimo de cerca de 30%.”

Segundo este nutricionista, a base devem ser a fruta, os vegetais e os cereais integrais. A única gordura aceitável é o azeite. “Devemos utilizar as leguminosas, como o feijão, as ervilhas e as favas e os frutos secos. Ervas e especiarias devem substituir o sal para condimentar os alimentos.”

A fonte de proteína animal deve ser essencialmente peixe. É permitida alguma ingestão moderada de carnes brancas, ovos, queijo e iogurte. Numa quantidade muito menor, cerca de duas vezes por semana, podem ser consumidos as carnes vermelhas e os produtos açucarados. Neste padrão é aceitável beber um copo de vinho por dia.

“Sabemos que esta alimentação está associada a uma diminuição das doenças cardiovasculares, a uma menor incidência da diabetes tipo 2 e de alguns tipos de cancro, embora aqui com um grau de evidência menos forte.”

Dietas da moda e aconselhamento Iniciar uma dieta para perder peso ou para um regime vegetariano ou vegan deve ter o acompanhamento de um especialista em nutrição.

O plano nutricional deve ser adequado a cada pessoa, tendo em conta as suas características, não só fisiológicas como estilo de vida. “Qualquer tipo de dieta depende da pessoa que temos à frente. Mesmo a dieta sem gluten, que não faz sentido para quem não tem intolerância, se restringir esses alimentos ajudar na motivação e perda de peso, não me oponho. O mesmo sucede com o jejum intermitente. Não há certos nem errados. É personalizar”, assume Ângela Carvalho.

Crianças
Hábitos de pequenino
Os vários nutricionistas ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA salientam que os hábitos alimentares adquirem-se logo no primeiro mês de vida, devendo-se introduzir os alimentos de forma separada para as crianças reconhecerem a textura e o sabor de frutas, legumes ou leguminosas, exemplificam. No entanto, todos
concordam que o ritmo de vida que existe na sociedade nem sempre permite confeccionar pratos
saudáveis. Raquel Oliveira lamenta, contudo, que não haja uma gestão adequada das refeições. “Se houver
planeamento torna-se mais fácil. Muitas vezes quando pergunto nas consultas o que vai ser o jantar, a
maioria não sabe. Os pais preocupam-se também muito com a ementa das escolas e pouco com os
lanches”, adverte ainda. Ângela Carvalho acrescenta que há também o hábito de nas creches passar-se do
iogurte natural para o açucarado sem dar conhecimento aos pais. “Claro que se as crianças conhecerem o doce não vão querer o outro. Elas vão ingerir açúcar, mas quanto mais tarde melhor.”
Etiquetas: alimentação saudávelalimentosdia mundial da alimentaçãodieta mediterrânicanutricionistarodasaúdesociedade
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