Leiria tem o único politécnico do País que figura na lista das 20 entidades mais activas nos pedidos de patentes realizados em 2019. O Politécnico de Leiria é ainda a sexta instituição de ensino superior com mais pedidos de patentes requeridos em 2019, depois das Universidade do Minho, Porto, Lisboa, Aveiro e Coimbra. Os dados foram apresentados esta semana no Barómetro Inventa – Patentes Made In Portugal 2020.
“Estes resultados agora divulgados são demonstradores da aposta do Politécnico de Leiria na área da partilha e valorização de conhecimento, designadamente nas patentes, estratégia que tem mais de uma década”, disse Rui Pedrosa, presidente desta instituição, ao JORNAL DE LEIRIA. “Ser o único politécnico na lista das 20 entidades mais activas nos pedidos de patentes em 2019, bem como a sexta instituição de ensino superior com mais pedidos, é um orgulho para o Politécnico de Leiria e deve ser para a nossa região”, considerou ainda o presidente.
“Portugal ainda tem um longo caminho a percorrer nesta área, em particular para colocar as patentes ao serviço da economia e gerar riqueza. O Politécnico de Leiria não é excepção e esta é uma das nossas prioridades”, salientou Rui Pedrosa.
A Inventa International preparou uma compilação de estatísticas e indicadores relacionados com a evolução da actividade no que diz respeito à protecção por patentes para invenções, em que o requerente possui origem em Portugal. Recorreu às bases de dados disponibilizadas pela Organização Mundial da Propriedade Industrial e pelo Instituto Europeu de Patentes, onde se podem consultar dados até 2018, assim como as bases estatísticas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e o Relatório Anual do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Nesta lista portuguesa de 20 entidades, o estudo contabilizou [LER_MAIS]o total de famílias de patentes requeridas. Uma família de patentes com orientação para o estrangeiro, explicam os promotores do estudo, “é aquela em que existe pelo menos um pedido de patente referente a uma invenção submetido num instituto de patentes diferente do instituto de patentes que recebeu o primeiro pedido referente a essa mesma invenção”.
Assim, em 2019, o Politécnico de Leiria requereu 13 famílias de patentes. A Universidade do Minho, que lidera a tabela, requereu 44. “Nos últimos anos, Portugal tem conseguido posicionar-se como um País atractivo para o investimento estrangeiro. Aliado também, sem sombra de dúvida, a uma crescente iniciativa empreendedora por parte dos seus cidadãos. Não é então de estranhar que, fruto dessa combinação, o número de pedidos de patente tenha vindo a aumentar desde o ano 2000”, consideram os promotores do estudo, notando que o total de pedidos de patentes passou de 193, no ano 2000, para 1643, em 2018.