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Algo inédito na UE, que até agora falava de um maior alargamento e nem se colocava a opção de saída de estados membros, com a exceção dos estados periféricos como Grécia e Portugal…
A União Europeia é o bloco de integração económico regional de maior sucesso à escala global e foi graças à UE que a Europa, desde a 2ª guerra mundial, se tornou um espaço de prosperidade e exemplo de a seguir pelos restantes países do globo. No entanto a falta de liderança europeia levou a que num futuro próximo a sua desintegração seja mais possível que o seu reforço muito por culpa dos seus líderes fracos, impreparados e com uma falta de visão estratégica inimaginável.
Após os resultados do referendo no Reino Unido vamos observar um enfraquecimento da União Europeia onde os movimentos ultranacionalismo vão continuar a crescer e o surgimento de vários conflitos pode ser uma realidade. Reforçar os sentimentos ultranacionalistas na Europa é perigoso não só para a própria Europa como para o mundo inteiro.
Os Líderes europeus deviam olhar para o exemplo do Ex-presidente do Uruguai José Mujica de quem os uruguaios se vão despedir solenemente esta semana. O José Mujica mesmo enquanto presidente nunca pediu nenhum privilégio presidencial, continuou a viver como vivia antes de ser presidente – sem segurança, sem secretários e sem carros de elevado valor. Vive e viveu sempre numa modesta quinta onde cultiva legumes e flores. Doava mais de 70% do salário de presidente por achar que não precisava. Para ele o presidente deve viver com o rendimento médio do povo. Como diz Mujica “Eu não sou pobre, eu vivo com o essencial”.
Senhor Junker, senhor Hollande, senhor Costa inspirem-se neste homem e não acabem com a Europa dos fundadores da União Europeia!
