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Home Viver

Figueiró dos Vinhos, a vila que se transformou em galeria ao ar livre

admin por admin
Agosto 26, 2021
em Viver
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Figueiró dos Vinhos, a vila que se transformou em galeria ao ar livre
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No último dia Fazunchar, por entre as ruas e vielas de Figueiró dos Vinhos, fez-se um roteiro conduzido pela curadora, Lara Seixo Rodrigues, onde a responsável deu a conhecer as obras e as curiosidades que marcaram as três últimas edições do festival de arte urbana.

Enquanto boa parte dos habitantes da vila desfrutavam a sombra do tradicional piquenique comunitário, um grupo de 40 pessoas desafiou o calor do final da tarde e foi conhecer as pinturas murais, as instalações e as esculturas que, agora, enriquecem aquele espaço urbano. 

A edição de 2021, apesar das condicionantes da pandemia da Covid-19, contou com alguns dos mais reconhecidos artistas portugueses e estrangeiros da actualidade, como  a espanhola Elisa Capdevila, o argentino Bosoletti, a francesa Perrine Honoré, além dos criativos nacionais Pantónio, Mariana Duarte Santos, Samina ou Third.

Em Laínte, socioleto local ligado à actividade de comércio de têxteis, “fazunchar” é o verbo “fazer”.  Hoje, tal como antigamente quando os vendedores que percorriam as feiras, combinando preços e estratégias de venda usando o laínte, ele é mote para o processo de criação artística. Para… “fazer arte”.

O objectivo inicial do Fazunchar era, em parte, o de mostrar que o nordeste do distrito tinha muito mais do que a imagem negra dos fogos e das mortes de Pedrógão Grande.

Com o passar do tempo, porém, o festival ganhou autonomia e mérito próprios, tornando-se num evento de arte pública e intervenção no espaço urbano, conhecido em todo o País e promotor do território. 

Sentir o território
O percurso orientado pela responsável pela Mistaker Maker, plataforma cultural incumbida da organização do festival, teve início junto ao Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos, com vista para o Casulo de Malhoa. 

Lara Seixo Rodrigues fez o paralelismo entre o Grupo do Leão e os Naturalistas, que fizeram da vila o seu lar, para traçar uma ligação entre esses artistas plásticos dos séculos XIX e XX, aos criativos contemporâneos que “fizeram” intervenções no cenário urbano, entre 2019 e 2021. 

“Quando os artistas convidados para o Fazunchar chegam, são incentivados a conhecer a vila e a região durante dois dias, para que, além da literatura e das imagens que lhes enviamos, sintam o território”, explica Lara, adiantando que, assim, forma-se um vínculo entre o artista, o projecto, a comunidade e o espaço. 

O artista espanhol Julio Anaya Cabanding foi um dos primeiros a senti-lo na pele. Tinha na cabeça uma lista de quadros de Malhoa que pretendia abordar, mas ao chegar ao museu local, mudou de ideias.

“O trabalho dele passa por colocar, na rua, réplicas de obras que só se podem ver em galerias. Questiona por que razão a arte tem de estar fechada em museus. Cria um paralelo entre o interior, institucionalizado, e o exterior, a que todos podem aceder”, enfatiza a curadora, apontando, a poucos passos do busto de Malhoa, uma reprodução do conhecido quadro Clara.

“Muitas pessoas de Figueiró nunca tinham ido ao museu e assim ficaram a conhecer estas obras que estão lá dentro.”

Todas as intervenções, quadros, obras, do primeiro ano, têm uma banda sonora, escolhida pela editora Omnichord Records, de Leiria, que pode ser acedida através de um código QR.

Os temas são de bandas de Leiria, como seria de esperar. 

A poucos passos, está uma das intervenções mais curiosas da terceira edição.

Pequenos bonecos da autoria de Isaac Cordal povoam o alto das paredes. Habitam, ora em casinhas de madeira construídas pelo artista galego, ora escondidas atrás das teias que vidram as janelas. ´

Encontrá-los é um bom desafio e Lara Rodrigues admite que ainda não os descobriu a todos.

[LER_MAIS]Também os desenhos de pessoas da vila, reinterpretados e pintados por Helen Bur, em ombreiras de porta ou caixas de comunicações, constituem motivo para uma espécie de caça ao tesouro pelas ruas de Figueiró dos Vinhos.

Subimos a rua Manuel Simões Barreiro, e junto ao imponente edifício em tons ocre dos paços do concelho, desviamos o trilho em direcção à antiga torre da cadeia.

Nas paredes, podemos ver o resultado do convite feito, na primeira edição, a vários ilustradores para que, em cartazes, reinterpretassem as obras de Malhoa. O primeiro é de Ana Seixas e chama-se Passagem do Comboio.

O resultado foi tão positivo que a população começou a perguntar onde adquirir aqueles cartazes. Tal não é possível, mas a organização criou uma colecção de postais com todos eles. 

Na rua de cima, o colectivo Adamastor, formado por artistas locais, criou um mural com integração de realidade aumentada, inspirado na lenda do Penedo da Trombeta, com origem na região.

Com o auxílio da aplicação Artivive, disponível através de um código QR no local, é possível ver como a imagem se estende pela parede, cheia de movimento e de vida. 

Dobra-se a esquina, desce-se uma escadaria e, na Travessa da Cadeia, um enorme retrato em negativo domina uma fachada. Aliás, são dois. Apenas nos apercebemos do segundo, após ver o primeiro.

São da autoria do argentino Bosoletti, que esteve presente nesta terceira edição. Para se ver o que o artista retratou, é necessário colocar o telemóvel em modo negativo, e observar o positivo da imagem que nos olha do alto da fachada.

“O Bosoletti tem sempre o cuidado de fazer um trabalho que não se destaque e não tenha um impacto muito grande”, aponta a curadora.

Na mesma rua, encontramos mais uma reinterpretação de Malhoa, desta vez do quadro O Emigrante, que também é conhecido por Partida para o Brasil ou Último Olhar à Aldeia, por Teresa Rego. 

Continuamos a subir para a parte alta da vila e, na esquina da Travessa da Sardinha com a rua Dom Diogo de Sousa, encontramos uma das obras que se tornou imagem de marca do Fazunchar.

É da autoria de Draw e Contra, dois nomes incontornáveis do panorama dos graffiti e da arte urbana em Portugal. Exploraram a imagem de José Malhoa, num dos seus momentos criativos, para pintarem um mural que se estende por vários metros. 

Duas ruas mais abaixo, um mural baptizado Matança do Porco foi uma das peças mais controversas das três edições do evento.

Foi criado pelo artista marroquino Mohamed L’Ghacham.

“As pessoas acharam que a matança do porco era algo horrível para estar numa parede da vila, no entanto, a pintura não mostra o acto em si, mas as pessoas. Foi feita a partir de uma fotografia real, que foi disponibilizada pela organização. Ele faz a ligação entre a arte a comunidade e o território ao retratar pessoas locais. A morte do porco era o que menos lhe importava.”

A lata que pôs os idosos a fazer tags
Na segunda edição do Fazunchar, foi pedido a Tamara Alves e a Surma que trabalhassem a figura de Simões de Almeida (sobrinho), escultor natural de Figueiró dos Vinhos e autor do busto da República, que está no Parlamento.

Tamara pintava o tema das ninfas do Mondego, explorado pelo artista, enquanto Surma registava os sons que esta fazia durante o processo criativo. Na apresentação da obra, na Travessa do Jasmineiro, foi apresentada uma música onde foram incluídas essas gravações.

E eis que chegamos a mais um dos locais icónicos deste festival de arte urbana.

Na rua António José de Almeida, aconteceu, na primeira edição uma oficina de arte urbana para idosos, o Lata 65, onde, numa das várias acções comunitárias, se desafiou os maiores de idade a agarrarem em latas, a criarem o seu próprio tag e a soltarem a criatividade.

Os temas bebem inspiração no quotidiano destas pessoas. Há árvores, gatos, mãos e muitas datas de nascimento.

Das alturas, mais uma obra de Isaac Cordal observa quem passa na rua. 

O roteiro leva-nos ainda à Praça do Município onde o Jornal de Cordel, pendurado num cordel por molas, incentiva os figueiroenses a partilharem pensamentos, fotografias, versos. Deixam um contributo e levam consigo um pensamento. 

O Fazunchar encerrou no domingo passado, mas as obras de arte pública ficam e merecem uma ida a esta vila transformada em galeria ao ar livre.

Vale a pena uma visita demorada.  

 
Etiquetas: Ana SeixasarteArte Públicaarte urbanaBosoletticulturaDrawElisa CapdevilafazuncharFigueiró dos VinhosgraffitiilustraçãoIsaac CordalJosé MalhoaJulio Anaya CabandingLara Seixo RodriguesMariana Duarte SantosMistaker MakerMohamed L’GhachammuralPantónioPerrine HonoréposterroteiroruídoSaminasurmatamara alvesThirdViver
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