– Já não há paciência… para aquelas pessoas que acham que o aquecimento global é uma invenção.
– Detesto… a mentira! A omissão, a mentira piedosa… A transparência e a verdade são sempre a melhor solução, custe ela o que custar.
– A ideia… era que todos saíssemos desta quarentena melhores pessoas, não era? Mais amigos do ambiente, menos consumistas, melhores pessoas, mais generosas… Era essa a ideia… mas ficou-se por aí.
– Questiono-me se… alguma vez vou conseguir ler todos os livros que tenho (e os que quero e ainda não comprei).
– Adoro… ler. E acumular livros. E cheirar livros. E conhecer escritores e falar com eles sobre livros. E visitar livrarias e comprar livros, mas cheirá-los antes, ainda ali, na livraria.
– Lembro-me tantas vezes… daquelas pequeninas coisas que fazia antes da pandemia, que achei que eram certas e que agora não posso fazer. Não lhes dei valor.
– Desejo secretamente… que as pessoas sejam mais empáticas umas com as outras. Conseguirmo-nos colocar no lugar do outro é fundamental. Se todos tivéssemos essa capacidade, o mundo seria um lugar melhor.
– Tenho saudades… de dar aulas!
– O medo que tive… de ter uma branca no dia da minha defesa de doutoramento dissipou-se assim que entrei na Sala dos Capelos em Coimbra. Tive medo de ficar confusa com a quantidade de turistas a passar. Tive medo de me distrair com eles, de me esquecer de falar inglês e de não conseguir fazer a minha apresentação ou de não saber responder às perguntas que me eram colocadas. Desde esse dia,
deixei de ter medo de falar em público.
– Sinto vergonha alheia… de cada vez que olho para o chão. A quantidade de porcaria que as pessoas deixam é inacreditável.
– O futuro… pode ser assustador. Mas vamos viver no presente, no aqui e no agora, com um olhar para o futuro, mas sem “viver” ainda nele.
– Se eu encontrar… alguém conhecido na rua posso ter a tentação de fingir que não o vi… (e às vezes não vejo mesmo!). É o que dá ser muito tímida…
– Prometo… estudar mais bateria. Prometo isso no final de cada aula, mas depois dá-me a preguiça. Agora entendo os meus alunos…
– Tenho orgulho… de nunca ter “pisado” em ninguém para fazer o meu caminho. De me ter sempre esforçado para atingir os meus objetivos sem pedir favores nem ajudas.