– Já não há paciência … para a falta de noção de privilégio.
– Detesto… leguminosas. Mas só a textura! Mas se for tremoços já gosto.
– A ideia… de ser contra pessoas que lutam pelos seus direitos (ou de outrem) só porque esses direitos não são uma prioridade para mim, não faz sentido. Se alguém está a lutar por certos direitos e isso não me tira os meus nem vai contra a liberdade de ninguém it’s none of my fucking business de opinar. Sinto que está tudo ligado ao grau de empatia que temos uns pelos outros.
– Questiono-me se… alguma vez vamos voltar a fazer cordões humanos com um copo de cerveja nos dentes a tentar furar multidões em concertos.
– Adoro… ir ter com a minha família e ver os mesmos vídeos de nós em crianças. Fazemos sempre as mesmas piadas e explicamos uns aos outros o que se estava ali a passar, sendo que todos lá estávamos e sabemos.
– Lembro-me tantas vezes… da mini livraria que existia no parque do avião onde requisitávamos livros e das estátuas dos animais com poemas sobre cada um. A minha preferida era a do cão que começava com “O cão que faz ão ão é bom amigo como os que são”.
– Desejo secretamente… que todos os patudos da Desprotegidos sejam adotados por famílias que os vão tratar maravilhosamente, como merecem. Parece uma resposta “à Miss Universo”, só que não, é mesmo um desejo.
– Tenho saudades… de dançar agarrada aos meus amigos, de gritarmos as letras das músicas nas caras uns dos outros e de parar conversas a meio para ir a correr dançar mais porque “está a dar AQUELA”. E mais, tenho saudades de fechar um bar num círculo de pessoas agarradas a bater o pé e a recitar a “oração” em plenos pulmões. O giro é que nunca eram as mesmas pessoas de cada vez que acontecia, por vezes nem sabias quem eram.
– O medo que tive… de não poder ser feminina o suficiente para me levarem a sério, é real, mas está a ser trabalhado.
– Sinto vergonha alheia… quando ouço pessoas a defender a meritocracia como forma de te tornares milionário.
– O futuro… é vegano. Ou vá, com uma redução drástica de produtos animais, que isto assim não vai lá.
– Se eu encontrar… dinheiro num casaco que não uso há muito tempo fico com o dia feito.
– Prometo… fazer exercícios de auto consciencialização do meu privilégio e da minha empatia para com os outros ao longo dos tempos.
– Tenho orgulho… na minha mãe. Toda a gente acha que a sua mãe é a melhor mãe e que ninguém lhe chega aos calcanhares, mas no meu caso é verdade, a minha é mesmo a melhor.