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Portugal iniciará a sua caminhada em busca de um lugar nos Jogos Olímpicos frente à Tunísia, no primeiro de três jogos de qualificação, já esta sexta-feira, às 17:30 horas, em Montpellier.
E sair com uma das duas vagas deste quadrangular também composto pela Croácia, com quem jogará no sábado à mesma hora, e pela França, que defrontará no domingo às 20 horas, será inequivocamente o momento mais alto do andebol português, poucos dias depois de ter sofrido a maior derrota da sua história.
Foi assim apelidada a morte de Alfredo Quintana pelo seleccionador Paulo Jorge Pereira. Era uma figura muito querida de todo o grupo, cuja importância ia muito além da valia incomensurável entre os postes.
Os jogadores do FC Porto conseguiram reagir à perda vencendo na Liga dos Campeões. Os jogadores da selecção, que com ele tinham levado Portugal ao 6.º lugar no Europeu e ao 10.º no Mundial, vão agora, pela primeira vez, entrar em campo enquanto equipa.
E logo num momento tão relevante. “Podem crer que iremos dar tudo, por nós e por ele”, realçou o selecionador.
O caminho não será fácil, ainda assim. Mais um jogo com a França, a selecção de topo mundial que sentiu Portugal como carrasco até encontrar o antídoto no Mundial, tem dois títulos olímpicos no currículo, precisamente como a Croácia, que está para o andebol como o Brasil para o futebol.
A Tunísia é a menos favorita, mas conta com “jogadores são tradicionalmente aguerridos, lutam até ao final pelo resultado porque acreditam muito no valor deles”.
É esta a opinião de Pedro Portela, jogador de Leiria que alinha nos franceses do Tremblay e que já tem contrato assinado com o Nantes para a próxima época.
“Sabemos que vamos enfrentar seleções de grande qualidade que também querem estar presentes, mas temos confiança e acreditamos na nossa qualidade para conseguir ultrapassá-las. Teremos de estar ao nosso melhor nível”, sublinha o canhoto formado no Académico de Leiria.
“As maiores dificuldades podem surgir a nível físico por serem três jogos em três dias contra selecções de qualidade, mas temos um grupo alargado e com qualidade para estarmos ao nosso melhor nível.”
Pedro Portela quer muito ganhar esta vaga em Tóquio, tanto por ele próprio como pelo amigo, o “guerreiro extraordinário” que era muito, mas muito mais do que um mero colega de selecção.
“Ele vai sempre fazer falta tanto dentro como fora de campo, pela pessoa, amigo e atleta que era. Vamos fazer de tudo para deixá-lo orgulhoso”.
