Depois de há quatro anos ter deixado a Câmara de Porto de Mós, devido à lei de limitação de mandatos, João Salgueiro pode estar de volta à vida política. Ao que o JORNAL DE LEIRIA apurou, o ex-autarca poderá ser a aposta do Partido Socialista (PS) para tentar reconquistar a liderança do Município, perdida em 2017 para o PSD e para Jorge Vala.
Para já, João Salgueiro remete-se ao silêncio sobre o assunto. Por seu lado, o presidente da concelhia do PS, David Salgueiro, considera prematuro falar de nomes, alegando que a estrutura está ainda a “auscultar” os militantes.
“Temos um projecto bem delineado para o concelho. A pessoa que escolhermos para o executar será de consenso e transversal a vários partidos e a todos aqueles que não se revejam na actual gestão autárquica e na sua incapacidade de execução”, diz o dirigente socialista, adiantando que a decisão será comunicada à federação distrital até ao final do mês.
O JORNAL DE LEIRIA sabe que, entre as hipóteses que estão a ser ponderadas, encontra-se João Salgueiro, [LER_MAIS]que desempenhou funções autárquicas durante 24 anos no Município de Porto de Mós. Primeiro como vereador eleito pelo PSD e depois como líder do Município, cumprindo três mandados, inicialmente como independente em lista do PS e depois como filiado.
Há dois anos, questionado sobre um eventual regresso à vida política na rubrica “Máquina do Tempo”, do JORNAL DE LEIRIA, João Salgueiro não respondeu nem sim nem não, deixando o assunto em aberto.
Se avançar, terá como principal opositor Jorge Vala, o presidente da Câmara em funções que já tem luz verde da Comissão Nacional do PSD para se recandidatar. A confirmar-se, será um duelo entre dois antigos colegas de executivo e de partido, dado que ambos integraram equipas lideradas por José Ferreira.
Por seu lado, Albino Januário, fundador do movimento independente AJSIM que nas últimas eleições elegeu um vereador e cinco representantes na Assembleia Municipal de Porto de Mós, assume que as actuais regras definidas para este tipo de candidaturas trouxeram “dificuldades acrescidas”, pelo que “a apresentação de listas “está em discussão”.