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A pandemia tem sido extremamente prejudicial para o Desporto em Portugal, com o número de praticantes das várias modalidades a diminuir e clubes a ameaçar fechar portas.
No entanto, estes momentos também servem de oportunidade para outros encontrarem um caminho lógico e com futuro, de preferência também com sustentabilidade.
Foi o que aconteceu neste caso, de um grupo de amigos que começou por se juntar às terças e quintas para fazer umas corridas de manutenção junto à “escolinha velha”.
Com mais tempo livre e pouco para fazer, agora já mais conhecedores do assunto, as seis dezenas de membros do Fátima Trail Team decidiram “arranjar os caminhos em Fátima”.
“Pelo feedback, começámos também a criar novos trilhos para a malta treinar, tudo dentro da freguesia”, explica Ricardo Gonçalves, presidente do FTT.
A base está centrada no local onde tudo começou , na rua do Adro, nas imediações da agora sede do Vespinga – Vespa Clube de Fátima.
“Este ano as pessoas tinham mais tempo e criámos um conjunto de caminhos sinalizados que achámos interessantes para caminhar e correr durante a pandemia, s empre em segurança, no meio da natureza, percorrendo rios, riachos, subidas íngremes descidas mais técnicas, montes, vales e serras”, conta Miguel Bértolo, outro elemento do grupo.
O objectivo é “fazer a conjugação entre Desporto, bem-estar e respeito pelo natureza”, a correr ou a caminhar.
Para já, são cinco percursos de diferentes níveis de dificuldade, para o iniciante e o atleta de nível, dos seis aos 30 quilómetros, dos leves 200 aos duros 700 metros de desnível positivo, sempre com a vantagem de estarem concentrados num mesmo local da freguesia de Fátima. Mas haverá mais.
No fundo, o objectivo é fazer destes trilhos algo especial. “Estamos no centro do País, temos vias que trazem pessoas até cá rapidamente, um parque hoteleiro fantástico e uma atracção turística inigualável. Então por que não criar um centro de trail?”
O grupo já tem contactos com equipas de Lisboa que querem usufruir das condições.
“Um hotel em Fátima é baratíssimo, podem trazer a família, podem ir caminhar, os percursos são circulares, começam e acabam no mesmo sítio para se encontrarem no fim”, explica Ricardo Gonçalves.
“Queremos ser mais um factor para se escolher Fátima como destino turístico”, prossegue Miguel Bértolo, que alerta para a necessidade de execução de uns balneários por parte da autarquia.
“Vamos pôr mãos-à-obra, colocar um painel com as características dos percursos, que a parte deles há-de chegar um dia.”
