O Complexo Desportivo de Santa Catarina da Serra ficou pronto em finais de 2006, após a colocação de um relvado sintético no Campo da Portela, da melhoria das bancadas, da iluminação e dos balneários.
Elogiado por todos os que o visitavam, era também composto por um campo de futebol de sete sintético, um pavilhão gimnodesportivo, outro para exposições desportivas e uma piscina. De uma riqueza como não se via em mais local nenhum do concelho de Leiria e até do distrito, asseguravam.
No entanto, a utilização da piscina sempre foi bastante difícil de suportar, uma vez que os encargos para manter em funcionamento diário e proceder à conservação de uma infra-estrutura destas são muito elevados.
De tal forma que a União Desportiva da Serra, entidade proprietária de todo o complexo, há vários anos que lhe tinha encerrado as portas e procurava encontrar uma forma de rentabilizar o espaço.
A solução chegou em Dezembro, quando Nicolau Silva escolheu aquele local para fazer crescer o projecto Cork Padel. E agora, onde se davam uns mergulhos, poderão dar-se pancadas na bola.
“Partiu-se a piscina e alargou-se um pouco para caber o campo. Pôs-se um chão novo e fez-se a obra”, explica o empresário, que começou a criar raquetes utilizando as técnicas que tinha aprendido enquanto protésico.
Da antiga piscina fará um campo de padel, mas muito mais. Será também uma loja oficial e um showroom para todo o material de sportswear da marca.
Naturalmente, servirá também para os clientes testarem as raquetes e o próprio court, já que Nicolau Silva está na expectativa de avançar, também, com uma marca própria de campos. A abertura deverá ocorrer logo que a pandemia e o confinamento o permitam, previsivelmente em Abril.
[LER_MAIS]Naturalmente, quando se tornou no primeiro produtor português, há coisa de quatro anos, não imaginava o rápido sucesso que teria.
A utilização da cortiça fez das raquetes um enorme sucesso que já chegou “a todos os cantos do mundo” e a pequena garagem em casa dos pais há muito que deixou de ter as condições que considera necessárias para produzir o material desportivo.
Hoje, com seis modelos de raquetes e cerca de 10 mil unidades vendidas, Nicolau sente uma necessidade enorme de expandir. “Dentro de dois meses”, a fábrica deixará a garagem para se mudar para um espaço com mil metros quadrados na zona industrial localizada no Vale de Ourém, e que permitirá “aumentar a produção”.
A expansão da Cork Padel não se ficará por aqui e está prevista a colocação de mais “quatro” campos no complexo desportivo, num espaço ainda por construir, que serviriam sobretudo a cidade de Fátima.