Desde o início do ano, a GNR detectou 11 descargas ilegais de efluentes suinícolas no distrito. De acordo com dados facultados ao JORNAL DE LEIRIA, desde o início do ano foram identificadas oito situações de descarga para o solo e três para linhas de água, totalizando, assim, 11 ocorrências.
Destas, cinco tiveram lugar no concelho de Leiria, nas localidades de Amor, Bidoeira de Cima e Texugueira; quatro em Alcobaça (Castanheira, Alfeizerão, Benedita e Moleanos), uma em Porto de Mós (Boieira) e uma na Marinha Grande (Amieira).
Só num mês – Janeiro de 2021 -, a GNR identificou no distrito nove descargas, ou seja, mais de metade daquelas que tinham sido denunciadas ao longo do último ano, quando se registaram 14 ocorrências. Quatro das nove descargas detectadas em Janeiro foram identificadas na última semana do mês, todas elas no concelho de Leiria.
Já esta semana, o Núcleo de Protecção Ambiental (NPA) de Leiria da GNR detectou mais duas descargas provenientes de duas explorações suinícolas nas localidades de Boieira, em Porto de Mós, e Amor, no concelho de Leiria.
Em comunicado, a GNR explica que estas últimas situações foram identificadas no decorrer de acções de policiamento direccionadas para a prevenção e detenção de alterações às características dos recursos hídricos, levadas a cabo no domingo e na segunda-feira. [LER_MAIS]Os militares detectaram, em duas situações distintas, efluentes pecuários “a escorrer livremente para o solo, directamente de um tubo de polietileno, sem qualquer tipo de mecanismo que assegurasse a sua depuração”.
Na sequência destas acções, “foram identificados os autores das descargas e elaborados dois autos de contra-ordenação”, cuja coima pode ascender aos 144 mil euros.
De acordo com dados recentes divulgados pela agência Lusa, em 2020, a GNR registou no distrito 14 denúncias de descarga de efluentes pecuários, que originaram cinco processos-crime por descarga para a linha de água e nove processos de contra-ordenação por descarga para o solo”. Nesse ano, “o recurso hídrico mais afectado foi o rio Lena, nas localidades de Porto de Mós e Batalha”.
Já em 2019, “foram registadas oito denúncias que resultaram em três processos-crime e cinco processos de contra-ordenação pelos mesmos motivos”, sendo que nesse ano “o recurso hídrico mais afectado foi a ribeira dos Milagres, nas localidades de Texugueira e Bidoeira de Cima”.