PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Economia

Distribuição “aproveita fragilidade” da produção para aumentar margens

Raquel de Sousa Silva por Raquel de Sousa Silva
Janeiro 30, 2021
em Economia
0
Distribuição “aproveita fragilidade” da produção para aumentar margens
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Brócolos a 1,19 euros o quilo, couve flor a 1,99 e alface a 3,45 euros. Estes foram os preços a que algumas cadeias de distribuição venderam estes artigos na semana entre o Natal e o Ano Novo, de acordo com um levantamento feito pelo deputado Ricardo Vicente, que questionou a ministra da Agricultura sobre a “prática de preços abusiva das grandes cadeias”.

É que, na região Oeste, estes mesmos produtos foram pagos ao produtor a 9, 14 e 18 cêntimos, respectivamente, logo, com “margens de lucro superiores a mil por cento”. O deputado do Bloco de Esquerda, de Leiria, fala em “abusos da grande distribuição no pagamento aos agricultores”. Estes foram “miseravelmente pagos e os consumidores pagaram caro”.

O problema não é novo, mas tem-se agravado, de acordo com os agricultores ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA. “A distribuição aproveita-se da fragilidade da produção para ter as margens que quer”, lamenta Domingos Santos, presidente da Associação de Produtores de Pera Rocha do Oeste (Bombarral).

“Se é legal? É. Se é ético? Não”, frisa o também presidente da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas e vice-presidente da Confederação de Agricultores de Portugal, defendendo que “são precisas políticas firmes e fortes que fomentem a organização da produção, para que esta possa falar com a grande distribuição de igual para igual”.

Neste momento, trata-se de um “David contra Golias”, tal o desequilíbrio de forças. “Os produtores sentem-se ultrajados, porque não há uma distribuição justa do valor ao longo da cadeia”, diz Domingos Santos, que sublinha que é necessário que o Estado tenha um papel regulador e crie instrumentos que permitam aos pequenos agricultores organizarem-se.

“Se a grande distribuição compra um produto a 19 cêntimos o quilo é porque há excesso de oferta. Não há mecanismos de gestão de crise e não houve planeamento na produção. Mas só a pode haver se os agricultores estiverem organizados, porque são milhares, e as cadeias de distribuição são seis ou sete”.

Também Fábio Franco diz que a distribuição aproveita a fragilidade da produção para esticar as margens. “Notamos uma diferença brutal entre o que nos é pago e o preço a que os produtos são vendidos ao consumidor”, explica o produtor do Vale do Lis.

O jovem afirma que falta regulação e que muitas vezes falta também consideração das cadeias de distribuição pela produção nacional. E exemplifica. “Quando um produto escasseia, o preço tem obrigatoriamente de subir. Só que o que acontece frequentemente é que a distribuição importa produto, em vez de comprar cá, para nos obrigar a manter os preços baixos”.

[LER_MAIS] Fábio Franco diz que foi isto que aconteceu recentemente com a alface. “Devido ao frio, a oferta escasseou e estávamos à espera que os preços pagos ao produtor subissem. Mas o que aconteceu é que foram importadas alfaces de Espanha”. E os preços pagos aos agricultores nacionais não aumentaram.

Apesar de tudo, o jovem produtor reconhece que trabalhar com as grandes superfícies também tem vantagens. “São um bom canal de escoamento, que não falha, e que assegura a compra de grandes volumes”. O reverso da medalha é que muitas “valem-se disto para explorar ao máximo os produtores”.

Presidente da Associação de Agricultores de Alcobaça, Filipe Ribeiro sublinha que “não se pode generalizar”. Se é verdade que há operadores que “esmagam os preços na produção”, sem que tal se traduza em descida dos preços ao consumidor, também há os que “pagam ao produtor a valores aceitáveis e vendem a preços aceitáveis”, praticando margens de lucro menores.

Para o produtor de Alcobaça, o problema é a concentração da distribuição – poucas insígnias, cada uma delas com um elevado número de lojas – aliada à fragilidade da produção e à falta de regulação.

Em resposta ao deputado Ricardo Vicente, a ministra da Agricultura lembrou que foi retomada a PARCA (Plataforma de Acompanhamento das Relações da Cadeia Agroalimentar) e disse que o Governo “se compromete a transpor uma directiva comunitária com algumas medidas relevantes até 1 de Maio”, iniciativa que, diz o deputado, está a ser atrasada há dois anos. “Não adiantou nada sobre medidas concretas”.

Questionada pelo JORNAL DE LEIRIA sobre a discrepância entre os preços pagos ao produtor e aqueles a que os produtos são vendidos, a Associação das Empresas de Distribuição não respondeu até ao fecho da edição.

 

 

 

 

 

Etiquetas: agriculturaalcobaçaeconomiagrande distribuiçãoLeiriaoestepreçosretalho alimentar
Previous Post

Desfasamento

Próxima publicação

Covid-19: Mais 527 novos casos e 14 mortes em 24 horas

Próxima publicação
Covid-19: Mais 527 novos casos e 14 mortes em 24 horas

Covid-19: Mais 527 novos casos e 14 mortes em 24 horas

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.