PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

A composição das férias

NINJAS E PRINCESAS: Ricardo Graça por NINJAS E PRINCESAS: Ricardo Graça
Agosto 25, 2016
em Opinião
0
A composição das férias
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

As minhas férias foram do caneco. Os meus pais disseram-me que íamos para uma praia em Vilamoura. Fiquei mesmo muito contente, adoro brincar na areia, até acho que ainda ando aqui com um bocadinho dentro das orelhas, porque cada vez os oiço pior.

A praia era muito fixe. Ficávamos sempre longe do mar e para lá chegar tínhamos de fazer curvas super apertadas por entre as toalhas das pessoas, grande parte dessas pessoas tinham uma certa idade e escondiam-se debaixo de chapéus-de-sol com publicidade a marcas de café, cervejas ou gelados, super fixes e coloridos.

Outras tinham desenhos no corpo, frases árabes e chinesas, mas, falavam francês e pareciam mesmo portugueses. Estranho não é?! A Quarteira é mesmo um mundo.

Acordávamos sempre cedinho. O meu pai todos os dias dizia que ia correr uns quilómetros pela fresca. Até trouxe as sapatilhas super velozes dentro de um saco de plástico mas elas nunca de lá saíram. Ele era sempre o último a acordar, eu e a minha irmã até tínhamos de o empurrar para fora de um colchão que estava no chão para ver se ele ia comprar o pão.

Acordava sempre com ar de quimono a meio de um combate, devia ser de tanto Jogos Olímpicos na televisão. Para mim estava tudo bem, mas deu-me a sensação que num hotel é que era, foi o que eles disseram… várias vezes, com aquele ar cansado lá deles.

Antes de irmos para a praia parávamos sempre num café qualquer. Para o cromo do meu pai beber um café e fumar um cigarro. Ele, que me prometeu deixar de fumar para sempre e que mais uma vez vacilou.

Era uma seca e parecia sempre que estávamos a incomodar o negócio. Meia hora para sermos atendidos, sem sinais de simpatia, mas como estávamos numa zona com pouco turismo talvez fosse normal.

A vingança por tal provação foi servida em forma de golpes insistentes de: ”Pai, posso?” Apliquei-lhos todos os dias e várias vezes ao dia e “Pai, posso andar na Zebra? Pai, posso comer um gelado? Pai, posso ter aquele crocodilo insuflável?”

O malandro desviou-se de todos os golpes com um não e uma boa dose de transpiração. Voltem avós, estão perdoados.

De todos, o primeiro dia foi o que mais gostei. Foi uma aventura. O meu pai partiu o dedo mindinho daquele pé de princesa que ele tem. Mandou cá uma cacetada no móvel da sala! Até a mim me doeu!

Mas como estava ao pé do meu avô só ganiu um bocadinho, embora, pela cara dele, lhe apetecesse dizer mais qualquer coisinha, mas lá se aguentou. A seguir, no mar, foi mordido, também no pé, por um peixe-aranha. Coitado, deve ter sido horrível, fez-me ver que na vida é preciso sorte, até para ser peixe-aranha.

Comi bolas de Berlim e bebi água do mar sem pensar nos ingredientes. Fiz castelos. Fiz asneiras e brinquei muito.

No fim do dia os meus pais arrumaram, pagaram, carregaram, limparam, cozinharam e trataram de tudo. Nos outros dias foi igual só que sem a novidade e os incidentes com os pés do meu paizinho.

Etiquetas: fériasninjas e princesas
Previous Post

Deu-lhe um beijo sem querer e ela mudou-se para Cantanhede

Próxima publicação

A importância das pessoas nas organizações

Próxima publicação
A importância das pessoas nas organizações

A importância das pessoas nas organizações

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.