PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

A jeito

Fernando Ribeiro, músico por Fernando Ribeiro, músico
Julho 6, 2025
em Opinião
0
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Pôr-se. A jeito. É talvez a mais perniciosa expressão do nosso idioma, esperemos que intraduzível e impraticável noutras latitudes. Pôr-se a jeito. É talvez a mais teimosamente perigosa e duradoura lembrança de cinquenta anos de ditadura, onde a violência espreitava a cada esquina e encontro, por muito que agora se a negue, nas redes sociais e fóruns, na rua neo-fascista. É a vitimização do culpado. A culpabilização da vítima. É o passado a ser presente. É o futuro em risco.

Mas, o que nos pode “pôr a jeito”? A cultura? Ser ator da Barraca? A política? Termos ideias diferentes? A orientação sexual? Amarmos pessoas do mesmo sexo? Ser mulher? Não cozinhar, não bordar, não querer ter filhos, vestir uma saia curta? Ser homem? Ir às compras, parar na passadeira, tomar conta dos filhos? O desporto? Ser do Benfica, Porto, Sporting, União de Leiria, Estrela da Amadora? Ser estrangeiro? E não comer porco assado no espeto?

Serão estas coisas que, assim listadas, me parecem tão comuns, tão “da vida”, que rebentam com as temperaturas mentais da extrema direita; que fazem saltar as mãos para tabefes e calduços; que fazem com que jovens mandem explosivos para dentro de um carro cheio de outros jovens; que se matem mulheres ao desbarato sem crime, nem castigo; que se façam claques para os países em guerra; e que a televisão pague e estimule pessoas comentadoras para perpetuarem discurso de ódio, “inverdades”, e desinformação? Se estiver perto da verdade, então sim, estamos todos a jeito.

Aliás, viver-se é pôr-se a jeito: sair à rua, ver uma peça, beber uma cerveja, passear com os filhos, defendermos causas, termos opinião, termos clube, lermos um livro, votarmos em quem alguém não gosta, querer outro corpo, outro amante, outra carne, decotar o peito, interromper voluntariamente a gravidez, ir para outra terra em busca de oportunidade. Tenham só cuidado com quem vos observa. Eles andam aí. Eles mijam para os olhos. 

Etiquetas: alcobaçadireitadireitosditaduraencontroextremaFernando Ribeirojeitojornal de leiriaLeiriamúsicaopiniãoopressão
Previous Post

Centro de Saúde do Souto da Carpalhosa mantém-se

Próxima publicação

Aos 40 anos, “Nerlei não pode, não quer ficar parada”

Próxima publicação
Aos 40 anos, “Nerlei não pode, não quer ficar parada”

Aos 40 anos, “Nerlei não pode, não quer ficar parada”

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.