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Home Opinião

A pandemia dos incêndios

Iris Gomes, especialista em Orçamento e Finanças Públicas por Iris Gomes, especialista em Orçamento e Finanças Públicas
Agosto 1, 2022
em Opinião
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“O aquecimento global é consequência de ações do passado” – Andreas Malm

Os fogos que deflagraram no concelho de Leiria consumiram cerca de três mil hectares de floresta, colocaram vidas em perigo e causaram inúmeros prejuízos às populações.

De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, desde o início deste ano, os incêndios florestais consumiram cerca de 43.721 hectares, a maior parte em apenas 10 dias.

Nas últimas décadas até as pessoas conscientes das mudanças ambientais acreditaram que tínhamos construído a nossa existência separada da natureza, mas não.

Com as alterações climáticas, estamos a encaminhar-nos no sentido da mãe natureza para um novo domínio fora dos limites das analogias da experiência humana.

Os incêndios não podem ser normalizados, o clima não estabiliza, as condições extremas serão comuns e o fogo está a atingir-nos cada vez mais perto.

O que vem aí é muito mais fogo, com muito mais frequência e a queimar muito mais terra.

Os fogos são uma pandemia global e os efeitos dos incêndios não são lineares nem uma soma simples, os cientistas previnem que ao mesmo tempo que os solos vão ficando mais áridos por causa de um futuro mais seco, tornando inevitáveis mais fogos devastadores, também vai aumentar a probabilidade de chuvadas nunca antes vistas.

O efeito dos incêndios nas emissões está entre os mais temidos ciclos de retorno, as florestas que tradicionalmente têm sido depósitos de carbono podem transformar-se em fontes de carbono, libertando todo o gás acumulado.

Atualmente, as árvores da Amazónia ficam com um quarto de todo o carbono absorvido todos os anos pelas florestas do planeta e a capacidade dos solos florestais para absorverem metano caiu em 77% em apenas três décadas sendo que o índice de desflorestação tropical pode representar 1,5 graus Celsius adicionais no aquecimento global, mesmo que as emissões de combustíveis fósseis cessem rapidamente.

Os incêndios para além de aterradores emanam o caos e revelam a crueldade das alterações climáticas que toca todos os aspetos da nossa vida no planeta.

As consequências económicas dos incêndios são brutais, o Estado gasta milhões na deteção, prevenção e combate ao fogo, no Orçamento do Estado para 2022, o Governo estipulou o montante de 226,3 milhões de euros, ligeiramente superior face a 2021.

Portugal é um dos países da União Europeia onde os eventos meteorológicos extremos causaram maior impacto económico nos últimos 40 anos e perante um aquecimento de 2 graus Celsius do planeta, a previsão otimista da dívida pública portuguesa para 2032 é de 129% do PIB.

“O nosso presente torna-se mais desesperado, o nosso futuro precisa de mais do que aquilo que temos estado a fazer”.

 

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: Iris Gomesopinião
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