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Home Viver

A peça favorita do senhor director

Redacção por Redacção
Agosto 31, 2017
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A peça favorita do senhor director
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São muitos os espaços expositivos que pode visitar no distrito de Leiria e concelho de Ourém. Perguntámos aos responsáveis destes museus qual a “menina dos seus olhos”, a peça que não lhes cansa nem vista nem coração, entre o espólio que têm a seu cuidado. Fique a conhecer as eleitas de cada um deles e não deixe de visitar estes espaços culturais, onde qualquer peça encerra em si belas histórias enfeitiçadas com o condão de o arrebatar.

Rita Brites, directora técnica do Museu Escolar dos Marrazes
Lousa e Ponteiro
Nasci no pós 25 de Abril mas na minha escola primária ainda estavam bem presentes alguns símbolos da ditadura, como a régua na secretária da professora, o estrado de madeira que subíamos para ir ao quadro resolver exercícios, o crucifixo na parede e o muro no recreio, que outrora separou as brincadeira dos rapazes e das meninas. No entanto, nunca utilizei nem fiz os trabalhos de casa numa lousa ou na “pedra”, como alguns lhe chamam. Essas histórias ouçoas da boca dos visitantes do Museu Escolar. Recordo-me de uma senhora com perto de 80 anos, emocionada ao ver a exposição do museu, desabafar que a primeira classe tinha sido “um pesadelo”. A escola ficava a seis quilómetros de casa, que percorria sozinha por entre os pinhais, descalça. A mãe aquecia-lhe uma pedra na fogueira que levava nas mãos, no entanto, não era suficiente e os dedos ficavam tão gelados que não conseguia segurar o fino ponteiro da ardósia e a professora batia-lhe com a régua nos dedos. Ficou tão traumatizada que deixou de ir à escola durante dois anos e só voltou porque aquela professora foi transferida. No entanto, com um sorriso, confessou-me que passava por tudo outra vez porque graças àquele objecto tinha a felicidade de ter aprendido a escrever e a ler.

Vânia Carvalho, técnica superior do Museu de Leiria
Abrigo do Lagar Velho
Será que tenho uma obra favorita no Museu de Leiria? São tantas as colecções e as temáticas são tão diversas que esta não é uma pergunta de resposta fácil. Na verdade, os objectos que mais me tocam são os que me falam de despedidas, os que se relacionam com a morte e como lidamos com ela. Uma das minhas colecções favoritas é a do Abrigo do Lagar Velho. O espólio arqueológico associado à sepultura do Menino do Lapedo inclui peças de adorno, entre os quais conchas e dentes de veado perfurados, que fariam parte de um colar e de um diadema, com os quais a criança foi sepultada. O Menino do Lapedo faz-me pensar que os Homens se mantêm muito parecidos no que é essencial e que o tempo e a distância não mudaram assim tanto aquilo que somos. O Menino fala de muita coisa – de arte, de religião, de evolução humana, de relações entre Homo Sapiens e Neandertal – mas, sobretudo, o menino fala de amor e de como uma família, ao perder uma parte de si, se despede. É extraordinário que consigamos acompanhar essa despedida quase 30 mil anos depois. E só o conseguimos porque num museu cada objecto deve falar connosco… e fala!

Ana Calçada, coordenadora da Rede de Museus e Galerias de Óbidos
Burra
Destaco a Burra, a peça de arte exposta no Museus de Óbidos/Museu Municipal, pela sua singularidade, por se constituir como peça de caracterização da vida social e económica do concelho Óbidos e ainda porque reflecte a organização logística da época. A arca servia de cofre para, nela, se guardarem valores provenientes do concelho (documentos ou dinheiro resultante dos impostos). Tem como característica fundamental três fechaduras, as quais tinham três distintas chaves distribuídas por diferentes autoridades. A arca só podia ser aberta com a presença dos três principais oficiais da Câmara, autoridades que possuíam as três chaves: o procurador, o tesoureiro e o juiz. Esta arca/cofre esteve guardada na Torre da Câmara – conhecida como Torre Albarrã ou Torre do Relógio, até ao século XVIII, onde funcionou como caixa – forte do município. A denominação Burra terá a simbologia de ser uma arca que corria o concelho para recolha de bens. Transpondo a utilidade desta peça para o nosso “tempo” estamos face a um objecto/ lugar que guardava os bens mais importantes. O “banco” do século XXI.

Ana Moderno, técnica superior do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
Nossa Senhora da Conceição
 [LER_MAIS] Escolhi esta peça pelo seu percurso, desde a identificação até à exposição, e a sua ligação à comunidade. O brasão do Município da Batalha impresso num carro de serviço chamou a atenção de um residente de Casal Vieira (São Mamede), num dia em que fui captar fotografias das igrejas do concelho. Era o sacristão da capela de Santo António e tinha em sua posse as chaves da antiga capela do mesmo padroeiro. O templo antigo (século XVIII) guardava algumas esculturas, destacando-se, de imediato, a imagem de Nossa Senhora da Conceição, em débil estado de conservação. Identificado o interesse artístico da peça, celebrou-se a parceria entre município e a paróquia de São Mamede, permitindo o seu restauro e a sua exposição no museu. Hoje, a imagem exibe-se numa vitrina, como se de um altar devocionário se tratasse, simbolizando as manifestações de fé da zona serrana do concelho, numa área atribuída à importância da religião na comunidade batalhense.

António Oliveira, presidente do Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra
Renault 4L
A Renault 4L do Clube foi-nos doada há cinco anos por uma empresa de construção. Contava com cerca de 260 mil quilómetros e 22 anos de trabalho. Depois de um restauro de chapa e pintura e alguns retoques na mecânica, ficou a ser a viatura oficial do Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra. Esta viatura passou a ser a imagem do clube, sempre que vamos a alguma exposição ou passeios. Caso não se arranje um sócio que a leve, ou por avaria da própria viatura, a Direcção leva a carrinha para os passeios, fazendo sempre parte de todos os eventos do clube. E se algum sócio a quiser levar a passar um domingo na praia ou a outro tipo de passeios, a viatura está sempre disponível. A última vez que fez a inspecção, ia mentalizado para uma série de problemas a resolver. Serão resolvidos calmamente, para não pesar no orçamento, pois a 4L já conta com 274 mil quilómetros e será para manter nas melhores condições possíveis. Todos adoramos conduzir a Renault 4L do Clube. (O Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra funciona como museu em datas festivas.)

Jorge Pereira de Sampaio, responsável do Museu de Faiança de Alcobaça
Cálice de altar da Real Fábrica do Juncal
O museu foi criado a partir da Colecção Maria do Céu e Luís Pereira de Sampaio, actualmente com cerca de 2500 peças de cerâmica portuguesa, desde o século XVIII à actualidade. Um dos núcleos é da Real Fábrica do Juncal, a mais antiga da região de Leiria, que existiu entre 1770 e 1876, de que o museu tem cerca de 100 peças, tendo escolhido o cálice de altar decorado a azul, lembrando os gravados das pratas. Segundo a regra litúrgica, as alfaias eram em ouro ou prata ou banhadas a metais preciosos. Durante as Invasões Francesas, a região foi devastada e teve de ser quebrada a regra, pela necessidade de serem celebradas as missas, surgindo, desse modo, alguns cálices em cerâmica feitos no Juncal. Conhecem- se apenas três, sendo que este, pela sua decoração, é peça única. A decoração assemelha- se a outras peças da mesma fábrica em que, ao longo de pouco mais de um século de produção, assumiu-se como uma das mais carismáticas produções da Faiança Portuguesa dos séculos XVIII e XIX.

Gonçalo Cardoso, director do Museu de Arte Sacra e Etnologia de Fátima
Natividade
Sendo sempre difícil escolher o objecto museológico preferido, atrevo-me a eleger a obra Natividade, do artista peruano Luís Jeri. Um trabalho extremamente original ao modelar a Natividade de Cristo dando-lhe um cunho marcadamente inca, notando-se claramente a sua matriz cultural, seja na geral representação das figuras, seja de forma particular nas caracterizadas máscaras. O mistério da Encarnação apresenta total novidade, no registo invulgar com que a cena do Presépio é tratado: a Virgem a dar à luz o Menino tendo dois anjos como parteiros e São José assistindo e apoiando Maria no nascimento do Salvador.

Maria de Aires Silveira, comissária no Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos
O caso do Dr. Adalberto Soares do Amaral Pereira
Adalberto Soares do Amaral Pereira é um invulgar caso sociológico de Figueiró dos Vinhos, que incendiou lutas políticas e foi notícia nos jornais da terra. José Malhoa fez o seu retrato, pouco antes da sua inesperada morte. Morreu com um tiro de pistola na cabeça, deixando pairar o mistério do seu suicídio inexplicável – “rico, justamente estimado e considerado, em plena pujança da vida”. Quarenta anos depois, o director do Museu Nacional de Arte Contemporânea, Eduardo Malta, propunha a compra desse retrato, por indicação de um antigo ministro da Educação, Leite Pinto. Como se descobrira o retrato? Teria permanecido na posse da viúva? Malta identificava Adalberto como magistrado, para justificar a aquisição do retrato de um “juiz de raça preta”. Acrescentava que, no momento político que se atravessava, a aquisição demonstraria a ausência de racismo em Portugal. No contexto da Guerra Colonial em Angola, interessava colocar a arte como elemento dinamizador de uma ideologia de império, através da ideia de tolerância. A obra foi adquirida pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e regressou a Figueiró dos Vinhos, em 2014.

Etiquetas: arteculturamuseus
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