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A queda de Salazar

João Bonifácio Serra, professor coordenador jubilado do Politécnico de Leiria por João Bonifácio Serra, professor coordenador jubilado do Politécnico de Leiria
Fevereiro 14, 2019
em Opinião
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A queda de Salazar
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O livro A Queda de Salazar. O Princípio do Fim da Ditadura, de José Pedro Castanheira, António Caeiro e Natal Vaz, tem como ponto de partida um dos primeiros dias de Agosto de 1968, data em que António de Oliveira Salazar, a passar férias no Forte de Santo António da Barra, Estoril, caiu, quando uma cadeira de lona, na qual se iria sentar, se desconjuntou.

A queda foi aparatosa, o acidentado bateu com a cabeça no chão, mas no imediato não terá havido consequências. A primeira surpresa do leitor do livro é que continuamos a desconhecer o dia exacto da queda.

Sabemos que deve ter ocorrido entre 2 e 5 de Agosto, há testemunhos e indícios para vários dias. O acidente foi mantido em rigoroso sigilo, o conhecimento dele restrito a um número pequeno de colaboradores e próximos do Presidente do Conselho, então com 79 anos.

A queda de Salazar só viria a tornar-se do domínio público a 8 de Setembro, na sequência de uma cirurgia decidida pelos médicos que avaliaram o agravamento súbito da saúde de Salazar no dia 5.

Esta operação foi bem sucedida, o hematoma provocado pela queda foi removido, e a recuperação de Salazar parecia segura.

Quando se preparava já a alta do doente, sobreveio-lhe um AVC, na tarde de 16 de Setembro, que se revelaria fatal.

A sucessão do ditador entra na ordem do dia político e resolve-se com alguma rapidez. O Presidente da República avalia a situação – marcada pela intriga, a disputa e o confronto entre distintas soluções – e, a 26, comunica ao País que convidou Marcello Caetano para ocupar o lugar que fora de Salazar durante 36 anos. Salazar sobreviveria até 27 de Abril de 1970.

Durante quase ano e meio, manteve-se numa espécie de redoma,  [LER_MAIS] numa cuidadosa encenação organizada pelos seus próximos, com a conivência dos altos cargos do Regime, no desconhecimento de que já não exercia o cargo de Presidente do Conselho.

Quase metade deste livro ocupa-se deste intrincado curto lapso de tempo – menos de dois meses. Entramos no dia a dia do ditador, das suas idiossincrasias e doenças, das suas rotinas e da sua teia de relações.

Os autores também nos facultam o contacto com os olhares que sobre Salazar, e o centro de poder que ocupa, testemunham os seus próximos e os observadores mais bem situados para o fazer.

Os acontecimentos que descrevem – a queda literal de Salazar – é metaforicamente também a queda do regime de que foi o principal obreiro.

A segunda parte do livro é sobre a forma como  Caetano se houve com a herança salazarista, até à formação do seu primeiro governo totalmente escolhido por si, em Janeiro de 1970.

Os autores procederam a uma reconstituição histórica, rigorosa na pesquisa e na escrita, brilhante pela concisão e encadeamento explicativo, com particular empenho. A narrativa política deste livro ajuda a decifrar este tempo.

Com ele percebemos melhor que país era aquele em que nos tornamos adultos e que recebemos, para introduzir a paz e transformar numa democracia europeia.

*Docente do Instituto Politécnico de Leiria

Etiquetas: joão bonifácio serraopinião
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