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Portugal é o 2º país da UE onde os preços da habitação mais aumentaram em 2024, tendo apenas ficado atrás da Bulgária. Os valores médios da habitação, em todas as suas dimensões, mais que duplicou – du-pli-cou – desde 2013. Já sabíamos que ia ser assim, mas nunca é demais lembrar que TODAS as medidas do atual Governo – num aprimorar das insuficiências do anterior – contribuíram para piorar a situação já de si catastrófica.
Se mais nada vos atingir, lembrem- -se desta: há pessoas a trabalhar e a voltar ao fim do dia para uma tenda na rua, em vez da segurança de um tecto. Devíamos estar todos na rua, sim. Mas a mostrar a nossa indignação, nunca a viver!
No movimento Porta a Porta – Casa para todos, andamos a trabalhar para a mobilização nas ruas, nos locais de trabalho, nos bairros, nos centros de poder contra este ataque cerrado a um dos direitos mais fundamentais para qualquer ser humano, previsto no art. 65º da nossa Constituição e no 25º da DUDH.
E temos propostas concretas para combater a crise da habitação, todas possíveis e concretizáveis, assim se assuma a vontade política necessária: diminuir as taxas de juro e pôr os bancos a pagar; estabilizar os contratos de arrendamento; garantir a renovação dos actuais contratos de arrendamento; rendas comportáveis com valores regulados; fim dos despejos de pessoas sem alternativa de habitação digna; combater a informalidade do arrendamento; mais alojamento público estudantil; mais habitação pública. Concentremo-nos neste último: a habitação pública.
O Estado é detentor de vários edifícios que poderiam estar a servir para habitação, quando na verdade estão, na maioria das vezes, a apodrecer. Não tem de ser assim, até porque investimento em habitação pública trará outra vantagem económica fundamental – ajudar a controlar os preços da oferta privada, resolvendo um problema social com muitos custos para todos nós.
Entre 25 de Janeiro e 25 de Fevereiro iremos mostrá-lo e denunciá-lo por todo o país. Aqui em Leiria, juntem-se a nós no dia 9 de Fevereiro. O Estado tem a obrigação de contribuir para a solução com habitação pública, e nós vamos lembrá-lo – e a todos os portugueses – disso!
