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Home Opinião

A Sociedade de Consumo

Márcio Lopes, docente do Politécnico de Leiria por Márcio Lopes, docente do Politécnico de Leiria
Dezembro 4, 2020
em Opinião
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Conceptualmente, a ciência económica refere que os bens e serviços produzidos pelas empresas contêm os atributos que possam satisfazer as necessidades humanas.

Segundo Alfred Marshall (1890), o regulador final de toda a actividade empresarial é a procura revelada e exercida pelos consumidores.

Em termos de teoria económica e filosófica clássica (Mill e Bentham) desenvolvida no século XIX, e que ainda hoje se ensina em sala de aula, o comportamento individual do consumidor orienta-se pelo princípio da «utilidade» (satisfação), i.e., pelo aumento e maximização da felicidade humana.

Para Jean Baudrillard (1995), a vinculação das necessidades e do consumo à felicidade assenta numa “antropologia ingénua”.

Há, pelo menos, dois séculos que o ser humano, no seu papel social de consumidor e de agente económico, pauta o seu bemestar pela mensuração da felicidade a partir dos objectos que consome.

O endeusamento do objecto-consumo enformou a felicidade enquanto fruição imediata e hedonismo.

Na generalidade dos países, o consumo privado é o principal agregado macroeconómico do PIB.

Em Portugal, o consumo das famílias representa 64% do PIB, cerca de 20% a mais do que as exportações.

A economia é um circuito de relações complexas entre os agentes económicos e a utilização dos recursos.

Por exemplo, a remuneração dos factores produtivos (salários, juros, lucros e rendas) tem como finalidade o consumo e a poupança.

Em Portugal, a taxa de poupança das famílias diminuiu de 14,8% em 1995 para 7,2 em 2019, i.e., o país, em consonância com a tendência geral, tornou-se fortemente consumista.

O país tem uma propensão marginal a consumir de quase 93% (para cada 100 euros de incremento no rendimento disponível, 93 euros vão para consumo e 7 euros para a poupança).

Ora, o consumismo é, geralmente, um acto impulsivo e, por vezes, perigoso na medida em que pode gerar situações de sobre-endividamento das famílias.

No ano passado, de acordo com a Pordata, o crédito ao consumo em Portugal foi de 7,6 mil milhões de euros e, nos últimos dez anos, a percentagem média de particulares com crédito malparado foi de 12%.

Mas, ao nível mundial, um dos maiores perigos do consumismo tem sido os seus efeitos perversos sobre o Planeta.

Neste exacto momento, segundo a Global Footprint Network, a tensão da procura sobre a oferta em termos de recursos naturais é de 1,6, i.e., a Terra necessita de um ano e mais seis meses para regenerar a sua biodiversidade de recursos para satisfazer as necessidades do consumismo realizadas em apenas um ano.

Tem sido assim desde o início da década de 70 do século passado.

Utilizando dados do National Centers for Environmental Information e do Banco Mundial, encontra-se uma relação linear robusta entre o consumo e a temperatura média da Terra com um coeficiente de + 0,43.

Entre 1977 e 2018 a taxa média de crescimento do consumo mundial foi 2,8% e a temperatura média da Terra subiu de 0,19ºC para 0,94ºC. Portanto, se na próxima década a taxa média anual de consumo aumentar 1%, a temperatura do Planeta poderá alcançar os 1,37ºC.

Se o consumo é criador de bem-estar e felicidade, precisamos de encontrar um novo tipo de consumo: mais frugal, mais sustentável, mais reutilizável e mais consciente.

Precisamos de um novo compromisso colectivo e, consequentemente, de um novo paradigma para a felicidade.

Etiquetas: Márcio Lopesopinião
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