PUBLICIDADE
A Quinta do Escuteiro, na Batalha, está a ser preparada há meses para receber o XXI Acareg (Acampamento Regional) da Região Escutista de Leiria-Fátima, onde são esperados cerca de 1500 jovens. Esta edição vai começar dia 6 de Agosto e terá por mote Simplesmente Escuteiro.
Um dos pressupostos desta iniciativa, que se realiza de quatro em quatro anos, é que seja construído um acampamento com todos os serviços básicos para os escuteiros participantes e que, e no final de uma semana intensa de actividades, tudo seja deixado tal como foi encontrado.
Com este objectivo em mente, dirigentes e escuteiros de vários agrupamentos da região têm-se deslocado à Quinta nos últimos meses, todos os fins-de-semana, para ajudar a preparar o espaço.
Trabalhos simples ou complexos são repetidos por mãos que desconhecem o modo de utilizar, o nome ou a função de muitas das ferramentas que lhes colocam à frente. Afinal, que aprendizagens experimentam estes jovens voluntários?
A Junta Regional de Leiria ouviu alguns dos voluntários que estão a pôr de pé as infra-estruturas e deu a conhecer algumas das histórias destes jovens.
Sob o comando do chefe Vítor Moreira, responsável pelas infra-estruturas de campo, Daniela Casimiro, especialista em Ecologia e Gestão Ambiental, explica que aprendeu a colocar linho e vedante na montagem de algumas das cerca de 150 torneiras existentes no campo.
Já Alexandre Santos, estudante de Engenharia Informática, aprendeu a importância do fio-terra, na montagem de um quadro eléctrico ou no palco onde vão decorrer as apresentações gerais.
Para Henrique, futuro arquitecto, e para o seu irmão gémeo Frederico, estudante de Matemática Aplicada, nada disto é novidade, uma vez que já fazem este tipo de trabalhos em casa com alguma regularidade.
Quanto a Ivo Jorge, designer de equipamento, que tinha experiência profissional em trabalhos de electricidade, está a trabalhar em campo numa área diferente, a canalização.
Estas grandes actividades de Verão implicam criar estruturas capazes de acolher muita gente e há muito a fazer, reconhecem os escuteiros. “Ajudar na construção é em si uma aventura dentro da grande aventura. Há muitos trabalhos a fazer, muitas tarefas a executar e é muitas vezes a oportunidade de se ser canalizador, electricista ou carpinteiro, para montar toda a logística necessária”, explicam os jovens.
“Preparar tudo isto é uma tarefa árdua e exigente. Tudo é feito de uma forma voluntária, mas cria-se uma mística própria de serviço, de contributo e existe um sentimento de dever cumprido quando, no dia de arranque de um grande acampamento, tudo está a postos”, realçam os escuteiros.
