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Acessibilidades e falta de água condicionam combate a incêndios no centro histórico de Leiria

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Abril 1, 2022
em Abertura
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Acessibilidades e falta de água condicionam combate a incêndios no centro histórico de Leiria
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Se hoje deflagrasse um incêndio de média ou grande dimensão no centro histórico de Leiria, os bombeiros debater-se-iam com o problema da falta de acessibilidades e de água disponível nas bocas de incêndio e marcos de água. Respondendo a um desafio lançado pelo JORNAL DE LEIRIA, a propósito do Dia Nacional dos Centros Históricos (28 de Março), o Município de Leiria organizou uma acção de treino operacional, que procurou identificar os principais problemas que existem na zona mais antiga da cidade para que os bombeiros e outros agentes de protecção civil possam estar melhor preparados para evitar uma tragédia, em caso de fogo ou sismo.

Equipas dos Sapadores de Leiria, Voluntários de Leiria, Maceira e Ortigosa, as quatro corporações do concelho, acompanhadas por elementos da PSP, Protecção Civil e Serviços Municipalizados de Água e Saneamento identificaram, um a um, os hidrantes (bocas de incêndio e marcos de água), verificando se tinham água e pressão recomendada.

Foram ainda testadas as entradas e acessibilidades em algumas ruas do Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI) e do Veículo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI). Como já esperavam, o VUCI tem dificuldade em movimentar-se nas ruas estreitas do centro histórico, sendo impossível entrar nas transversais. “Em algumas situações, o carro até pode entrar, mas depois não tem como sair. Só de marcha atrás e se não tiver algo a impedir”, alerta Mário Gomes, segundo comandante dos bombeiros voluntários de Leiria, presente na acção.

O bombeiro acrescenta que “não é só apagar um incêndio”. “É preciso proteger os outros edifícios e perante estruturas que podem colapsar é necessário trazer material.”

O estacionamento indevido é outro dos problemas. Mário Gomes questiona: “Imagine-se num incêndio, os veículos civis a quererem sair e o carro de bombeiros a entrar.” Além disso, o estacionamento de automóveis nas ruas estreitas, como foi presenciado junto ao Colégio Nossa Senhora de Fátima, impede um veículo de combate a incêndios de chegar mais perto de determinada zona. Toda a pequena distância pode fazer a diferença. Miguel Novais, comandante dos Bombeiros Voluntários de Leiria, constata que as situações detectadas não são novas.

“Este trabalho tem de ser constante e dinâmico, de modo a permitir ajustar e corrigir as modificações que surgem, dentro do que é possível”, afirma. Um incêndio à data de hoje seria combatido com ‘puxada de mangueira’. “Devido à dificuldade de acesso de veículos a determinadas ruas, está definido que teremos de estacionar os veículos em zonas de apoio, onde possam manobrar e a partir desses pontos estabelecer meios de mangueira para combater o incêndio”, revela Miguel Novais, apontando o Largo da Sé, Praça Rodrigues Lobo e Terreiro, como locais onde os meios podem ser colocados.

Pontos chave

Luís Lopes, vereador da Protecção Civil, concorda que a solução para um combate eficaz, passa por colocar os veículos em pontos estratégicos e estender as mangueiras. “Os pontos fulcrais em termos de intervenção no centro histórico são qualquer uma das principais artérias, na rua ‘Direita’ [Rua Barão Viamonte] e na avenida Ernesto Korrodi, que nos permitem implementar as mangueiras, num incêndio, e proceder à evacuação, se for necessário”, acrescenta.

Por isso, o autarca defende que estas artérias têm de estar sempre desimpedidas. “Foi dessa forma que implementámos os recursos e controlámos o último incêndio no centro histórico, sem que alastrasse a mais habitações contíguas”, lembra. Admitindo que a zona baixa da cidade é a “mais crítica”, Miguel Novais defende ainda que os pontos de água são um dos aspectos “mais importantes” para o combate, garantindo assim uma rede de abastecimento com a pressão útil.

Engenheiro de Protecção Civil, Ricardo Martins, aponta as acessibilidades como um dos problemas “mais preocupantes”, resultado dos “constrangimentos a nível arquitectónico e do próprio urbanismo que foi crescendo”. “Essa poderá ser a maior dificuldade que temos para tentar resolver internamente. Percebemos uma série de constrangimentos que em fase de planeamento e de análise de risco é necessário trabalhar e vamos verter isto no Plano Municipal de Emergência e Protecção Civil”, que está em fase de revisao, diz o técnico municipal.

“Outra das dificuldades que temos é que reconhecidamente grande parte da população do centro histórico – embora se esteja a notar uma tendência contrária – é mais envelhecida e com menos capacidade de reacção. Interessa-nos que as pessoas participem activamente nestes exercícios, informando do que se pretende fazer, os pontos de concentração e de evacuação que estão previstos”, salienta Luís Lopes.

No balanço do exercício com base nas respostas dos bombeiros, Miguel Novais revelou que a maioria das artérias permite apenas a circulação do VLCI e “40% das vias não permite a circulação de qualquer veículo” dos bombeiros. Cerca de 62% das ruas não possui hidrantes e alguns não estavam a funcionar ou tinham pouca pressão. Foram encontrados obstáculos na via e em altura e algum condicionalismo provocado por obras a decorrer em alguns edifícios.

“O veículo pesado só passa no Terreiro e terá de ir em direcção à Casa Iglesias”, constata um dos bombeiros, explicando que não conseguiu passar na rua ‘Direita’.

Pilaretes travam bombeiros

Outro dos problemas levantado por um dos Sapadores foi a dificuldade em abrir determinadas bocas de incêndio. “Verificámos que os quadrantes foram danificados, por um uso abusivo de água, talvez por obras, e as nossas chaves ficaram inoperacionais”, alerta. Os representantes do SMAS adiantaram que a empresa pretende a substituição do metal por plástico, devido a alguns furtos, recebendo o alerta dos bombeiros para disponibilizarem chaves que possibilitem depois a abertura desses hidrantes.

Muitas das vias transversais à rua ‘Direita’ têm pela frente pilaretes de ferro não amovíveis e esplanadas, além de veículos estacionados, muitos dos quais de comerciantes. Na rua ‘Direita’ há ainda obstáculos, como luzes penduradas e floreiras. Estas situações foram todas assinaladas pelos bombeiros, que em cerca de uma hora e meia preencheram um formulário, onde assinalaram os aspectos funcionais e os problemas detectados.

Há uns meses, um incêndio numa cozinha, num prédio situado na rua Dom António da Costa, obrigou os bombeiros a deixar os veículos no terreiro e correrem a pé, com extintores portáteis às costas, para apagarem o incêndio. Um exemplo do que sucede, por vezes, numa pri meira intervenção em pequenos focos de incêndio na zona histórica da cidade.

Antes das equipas partirem para o treino operacional, Luís Lopes salientou que alguns dos agentes de protecção civil se situam precisamente na zona histórica: GNR, PSP, Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria. Além disso, a área delimitada inclui ainda a Escola Secundária Domingos Sequeira, Colégio Nossa Senhora de Fátima, Escola Básica 1.º ciclo do Arrabalde e a creche e infantário O Ninho.

“Já houve um trabalho académico, em 2010, que fez o levantamento de todas as infra-estruturas e da sua perigosidade. É com base nesse trabalho que validamos a actual informação, com a identificação de novos perigos, até porque o centro histórico tem sido alvo de várias intervenções”, acrescenta.

Analisar e rectificar

Segundo Luís Lopes, todas as situações assinaladas no treino de segunda- feira vão ser alvo de análise para serem rectificadas e testadas em Novembro, num exercício real. “É um trabalho extremamente importante de planeamento e antecipação”, sublinha. “Identificámos algumas situações mais conjunturais, nomeadamente estacionamento de veículos e a colocação de equipamentos para intervenção em alguns edifícios que são questões que podemos resolver com relativa facilidade”, acrescenta.

No terreno, Ricardo Martins exemplifica que o plano municipal prevê que o infantário evacua para o Largo Cónego Maia. Após o teste do primeiro marco de água junto à Sé, Rui Carnide, bombeiro sapador, explica que é possível obter maior pressão se o SMAS cortar a rede de abastecimento habitacional.

“Se não tivermos um bom abastecimento de água o incêndio vai crescer por falta de combate. Daí a importância de verificarmos o funcionamento dos hidrantes”, frisa.

O problema do centro histórico de Leiria é comum a qualquer outro, porque “nunca foram dimensionados para as actuais necessidades, quer em termos de circulação rodoviária, pedonal, serviços e até na gestão do risco”, refere Luís Lopes. O vereador sublinha que, em alguns casos, o “tipo de construção potencia muito a deflagração e a expansão de um incêndio”.

“Olhamos para os centros históricos como zonas de elevado valor. Têm uma história que queremos defender, quando nem sempre isso se traduz no valor patrimonial, pois são zonas onde algumas casas estão bastante envelhecidas e até sem condições de habitabilidade. A primeira preocupação será sempre a questão da segurança, porque também irá levar a que as pessoas se queiram manter nos centros históricos e usufruir deles”, remata Luís Lopes.

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