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A Casa de Acolhimento de Emergência da Mulher Século XXI apoiou 61 mulheres e 32 crianças, no seu primeiro ano de existência e ajudou 10 vítimas de violência doméstica a autonomizarem-se horas depois da sua entrada no espaço.
“A nossa estrutura é de emergência. Depois das mulheres chegarem damo-lhes algum tempo para se estabilizarem. Em seguida reunimos com elas para perceber qual o seu novo projecto de vida. Dez das mulheres acolhidas mostraram interesse em ficar na zona e ajudámo-las no processo de integração”, afirma Isabel Gonçalves, presidente da Mulher Século XXI – Associação de Desenvolvimento e Apoio às Mulheres, com sede em Leiria, acrescentando que isto só sucede com quem “tem estabilidade emocional e onde não há risco”.
Desta forma, “evita-se uma segunda institucionalização”, já que as mulheres que não têm estabilidade emocional precisam de ser encaminhadas para uma casa abrigo permanente para “serem empoderadas”. Este centro de emergência serve também como “espaço de reflexão” e da “paz que nunca tiveram”.
Por isso, “algumas até se lembram que têm familiares afastados com quem se dão bem e é uma alternativa”.
A maioria das utentes tem idades compreendidas entre os 36 e os 55 anos e são vítimas de maus-tratos psicológicos, físicos e sexuais por parte dos companheiros ou maridos. Cerca de 31%, trazem consigo filhos e filhas, mais de metade com menos de 7 anos.
Aberta há um ano, “esta resposta foi idealizada pela associação em 2008”, mas só se concretizou em 2017.
O centro está preparado para receber oito vítimas de violência doméstica em situação de emergência, 24 horas por dia, sete dias por semana.
