PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 1,00 €
  • × Edição 1923Edição 1923 1 × 1,00 €
  • Guia, Ilha e Mata MouriscaGuia, Ilha e Mata Mourisca 1 × 0,00 €

Subtotal: 1,00 €

Ver carrinhoFinalizar compras

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Viver

ACR Comeira. Cem vezes Poesia ao Serão na colectividade onde a cultura é amor e o teatro encontra um abrigo

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Abril 4, 2024
em Viver
0
ACR Comeira. Cem vezes Poesia ao Serão na colectividade onde a cultura é amor e o teatro encontra um abrigo
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Texto originalmente publicado na edição em papel número 2072 do JORNAL DE LEIRIA, de 28 de Março de 2024

Está na biblioteca inaugurada pela direcção a que preside quando diz “li poucos livros na minha vida, mas continuo a achar que a leitura é muito importante” – e, naquele espaço de ideias e emoções consagradas em texto, entusiasma-se a descrever a escrita “tão forte, tão frontal” de Miguel Torga e, sobretudo, a intemporalidade do poema “Urgentemente”, de Eugénio de Andrade. “Sempre actual. Senti necessidade de o ler durante a pandemia e depois começou a guerra e tive de o ler outra vez. É urgente o amor”. Carlos Franco, que lidera a Associação Cultural e Recreativa da Comeira, antigo jogador da equipa amadora de futebol sénior, entretanto desactivada, é um dos responsáveis pelo improvável número alcançado no sábado, 23 de Março: 100 sessões de Poesia ao Serão, com noites dedicadas a mais de 70 poetas portugueses, de Sophia de Mello Breyner a José Régio, entre muitos outros. De 15 em 15 dias, sempre à quarta-feira, excepto em momentos especiais – e uma centena de convívios à volta da poesia, ao longo de cinco anos e meio, parece, certamente, um momento especial.

“Escolhemos um poeta para cada sessão e a partir daí as pessoas trazem poemas para ler”, explica o dirigente da colectividade da Marinha Grande, onde, desde 2011, os órgãos sociais já concretizaram obras avaliadas em 400 mil euros. Tipicamente, há uma conversa sobre o poeta em destaque, e, por vezes, também se dá voz a criações originais. “Quem quiser ter essa ousadia, traz um poema”.

Desde o último fim-de-semana, está disponível a segunda colectânea Poesia ao Serão, que reúne mais de 70 poemas de 20 participantes na iniciativa da ACR Comeira, coordenada por Aires Rodrigues, Maria João Gomes, Mariana Moreira e Adélio Amaro, presidente do Cepae – Centro de Património da Estremadura.

Desde o arranque, a 7 de Novembro de 2018, “com nove pessoas”, o grupo praticamente triplicou (com a maioria dos membros acima dos 50 anos de idade) e vários eventos ocorreram fora de portas, incluindo os encontros com Manuel Alegre em São Pedro de Moel e António Carlos Cortez no Museu Joaquim Correia, e a colaboração com o colectivo Sísifus na actividade de poesia de rua com microfone aberto realizada recentemente em meados de Março. Na ACR Comeira, em 2023, esteve o investigador Ricardo Belo de Morais, a falar sobre Fernando Pessoa.

Palco para todas as idades

Entretanto, esta quinta-feira, 28 de Março, pelas 21:30 horas, estreia para o público geral no auditório da ACR Comeira o espectáculo Os Lusíadas com uma Perna às Costas, com dramaturgia de Suzanna Rodrigues, cenografia de André Santos, música de Fábio Jerónimo e interpretação de Cristóvão Carvalheiro, Mafalda Canhola, Maria Botas e Nuno Geraldo, a prolongar a parceria com o Teatro do Botão (e, antes, com o Teatro à Solta, entretanto extinto). No último domingo de cada mês, e até ao final de Maio, a companhia residente na colectividade da Marinha Grande, onde decorrem os ensaios, apresenta novas produções na ACR Comeira – Olhó Abril e O Flautista são as próximas – e pelo meio dinamiza turmas de teatro para crianças – “começaram com sete, oito, neste momento têm 15”, realça Carlos Franco – e, desde o ano passado, para adultos: “Já levámos uma peça ao palco, Trovas em Collants, sobre o rei D. Dinis”.

Um movimento transformador

Mas há mais: aulas de costura e bordados, jogos de bocia, treinos de judo e jiu jitsu, grupos de pilates, fitness e zumba, e o acolhimento do Café Memória que reúne cuidadores informais e técnicos numa partilha de experiências relacionadas com a doença de Alzheimer. O arraial que acontece em cada Verão também está a mudar: além de frango assado e enguias, agora oferece teatro e contos e não se limita “à música pimba”.

“Uma coisa que aprendi é que não pode ser uma mudança radical, tem de ser passo a passo”, comenta Carlos Franco. “Abrir uma biblioteca em 2022 é a coisa mais difícil que pode existir. O mais fácil é dar às pessoas aquilo que elas ouvem todos os dias. E continuar a mantê- -las… embrutecidas, talvez”.

Em Outubro e Novembro, numa organização com o Teatro à Solta, a ACR Comeira promoveu quatro debates sobre “O Poder Transformador da Cultura”, em relação com a saúde, a inclusão, a educação e o desenvolvimento do território. “Ou esta casa tem algum poder transformador ou então não vale a pena”, diz o presidente da ACR Comeira. “Acredito que tenha, aliás, o movimento associativo é um movimento transformador, sempre foi”. E conclui: “Tudo aquilo que eu dou, é amor. Todo o meu tempo, eu dou”.

Nas redes sociais da ACR Comeira, as palavras solidariedade, justiça, fraternidade e lealdade surgem em destaque junto ao emblema com forma de coração. O arranque da colectividade (que sucedeu ao Grupo Desportivo da Comeira) remonta a 1970 e os primeiros estatutos são da autoria de Diamantino André, que expandiu o clube de futebol para uma associação cultural e recreativa. Hoje já não há jogos – só as balizas e um campo meio pelado meio “ervado” – mas o símbolo continua a mostrar um livro – e maior do que a bola de futebol.

Etiquetas: ACR ComeiraMarinha Grande
Previous Post

Câmara da Batalha emite parecer desfavorável à Linha de Muito Alta Tensão

Próxima publicação

Homem mudava fechaduras para arrendar casa alheia e foi detido na Nazaré

Próxima publicação
Homem mudava fechaduras para arrendar casa alheia e foi detido na Nazaré

Homem mudava fechaduras para arrendar casa alheia e foi detido na Nazaré

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.