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Home Opinião

Açude 

Paulo Sellmayer, designer por Paulo Sellmayer, designer
Maio 14, 2023
em Opinião
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Nas próximas colunas vou escrever livremente. Sinto que sou curso em espera no açude, a deixar o fundo do rio ganhar lodo enquanto estudo a salubridade da água.

Só se evapora a superfície do espelho de água enquanto o leito está quieto, ou nem a rapidez do curso escapa ao calor emancipatório do sol?

Só me mexe o fundo quando algum peixe barbudo se perde na rota límpida da não turbulência, ou é a turbidez da água mecanismo de defesa natural?

Quando acordam as partículas que se acumulam, ora em gestos predatórios de peixe com fome ora lugar nenhum do deixa andar em cima do barco de recreio, mexem-se as águas por razões várias, que o corpo existe para estar em movimento.

E num qualquer momento vê-se o plano da água parada transformar-se em fluido corrido e a cascatar por cima barreira de tábuas do açude, como quem vai para o recreio num dia de sol depois de semanas a chover. Aí corre livre.

Mas conhecendo apenas o muro de tábuas de madeira do ribeiro como limite, conclui-se por curta a vida que dista da fonte ao ponto de então. É por isso só na foz o purgatório, já que é onde o curso doce se mistura com a salgada vida dos demais rios que se prova a essência de uma forma conjunta.

Com Abril a montante e sem se sentirem as suas águas mil, resta-nos a Primavera para abrir as comportas do curso e inundar as margens de sentidos, deixar que o pólen das flores polvilhe a sua superfície e logre o destino a que se propõe a água quando nasce, descer os montes e vales, e galgar açudes e barragens em virtude da força do seu caudal.

Sou curso e sinto as margens enquanto passo nesse sentido que agora se torna claro, descer para o mar. Da fonte em jorro para a onda em uníssono.

Só é rio curso que em mar ou oceano desagua, o momento em que o curso se torna rio assim fica, como foz.

Voltamos a nadar leves e sós, todos juntos, apreciando as marés que a lua nos traz, naquele prazer da descoberta das novas rochas que a cada ciclo a areia desvenda. 

Etiquetas: açudeáguacriativacriatividadedesaguaescritafozLeiriamaropiniãoPaulo Sellmayerpensarregiãoriosentir
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