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Home Saúde

Afinal, a luz azul não é um bicho de sete cabeças. Como proteger os seus olhos dos ecrãs

Marta Leite Ferreira por Marta Leite Ferreira
Março 19, 2025
em Saúde
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Afinal, a luz azul não é um bicho de sete cabeças. Como proteger os seus olhos dos ecrãs
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É uma verdadeira viagem à boleia da luz. Quando abre as páginas de um jornal e a luz incide sobre estas folhas, as pequenas partículas que a compõe, os fotões, sofrem um ricochete que lhe entra pelos olhos dentro. Literalmente. Depois de atingir a córnea, uma estrutura tão transparente como o vidro que ocupa a parte exterior do olho, a viagem só termina no interior do seu cérebro. Mas esta é uma viagem que pode ser conturbada. Até mesmo para a sua saúde

A luz tem muitas estações de serviço por onde passar primeiro. Torna-se mais nítida ao atravessar e córnea, esgueira-se pela pupila conforme o espaço deixado à sua mercê pela íris e atravessa o cristalino, uma lente gelatinosa comandada por músculos muito pequenos, para afinar a imagem.

Quando tudo isto acontece numa orquestra perfeitamente ensaiada, os raios acabam por concentrar-se nas dezenas de milhões de células sensíveis à luz que compõem a retina, a estrutura que converte os fotões nos sinais eléctricos que correm pelo nervo óptico em direcção ao cérebro.

Acontece que esta viagem pode ser menos serena do que parece à primeira vista porque nem toda a luz que atravessa os seus olhos, da córnea à retina, é tão inofensiva como parece. Se nos está a ler sob uma luz LED ou através do telemóvel, foi exposto a uma parte da radiação electromagnética que, em casos extremos, pode ter consequências para a sua saúde: a luz azul, a parte da luz visível que fica na fronteira com a radiação ultravioleta, é composta por ondas com frequências muito baixas e quantidade de energia muito elevadas.

“A luz azul em excesso pode provocar alterações na superfície ocular e causar problemas como olho seco, lesões da conjuntiva da córnea, que são as estruturas mais externas do olho, mas também na retina, que é a estrutura neurosensorial que capta a luz”, confirmou ao JORNAL DE LEIRIA o médico oftalmologista António Campos Figueiredo, do Hospital de Santo André, em Leiria.

Quando são sobrecarregadas por este tipo de radiação electromagnética, as células da retina podem passar por um processo de morte programada, regulada e controlada chamada apoptose — uma espécie de ‘suicídio’ das células que ocorre quando o ADN sofre alterações e é preciso dar oportunidade ao organismo de formar versões mais saudáveis. Além disso, a luz azul tem a capacidade de oxidar as moléculas de oxigénio no nosso corpo, dando origem a estruturas mais instáveis chamadas radicais livres. Tudo isso “origina a morte celular dos fotoreceptores e das células do epitélio pigmentar”, a camada mais externa da retina e responsável por manter o fundo do olho saudável, “originando atrofia da retina e perda de visão”.

Mas há boas notícias: a exposição que habitualmente temos aos telemóveis, computadores, tablets e aos LEDs que se utiliza na iluminação de espaços “faz-se a um limiar que não é tóxico”. Mesmo nos casos de pessoas que trabalham todos os dias à frente do computador ou de telemóvel em punho, “não há evidência segura que aponte a necessidade de usar lentes com filtros de luz azul”, prossegue o especialista: “Racionalmente faz sentido, mas na verdade não está provado que tenha interesse.”

São muitas as instituições que alertam para a quantidade de luz azul que a vida moderna obriga os nossos olhos a processar, mas todas concordam que “não existem provas científicas de que a luz azul dos dispositivos digitais cause danos aos olhos”, diz a Academia Americana de Oftalmologia. Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos também indicam que “os resultados da investigação sobre o filtro de luz azul sugerem que ela não tem um impacto significativo na saúde ocular”.

Uma informação ajuda a explicar porquê: a luz azul não é emitida exclusivamente pelos ecrãs e pelas fontes artificiais, mas também faz parte dos raios que nos chegam do Sol. Ele é, de resto, a maior fonte de luz azul a que o humano comum está mais exposto e é a partir dele que nos chega outro tipo de radiação ainda mais prejudicial, como a radiação ultravioleta, que é parcialmente absorvida pela Camada de Ozono. 

O corpo humano também faz o seu trabalho: a córnea, o cristalino e o pigmento amarelado que existe na retina (a luteína) também têm capacidade para filtrar a luz azul. Com o avançar da idade, como esses mecanismos de protecção natural perdem eficácia, o cristalino endurece e amarela para aumentar o escudo à luz azul. É assim que surgem as cataratas, explicou António Campos Figueiredo: “É como se a natureza tivesse feito uma segunda proteção que opera mais tardiamente.”

Há excepções: quem trabalha com fontes muito elevadas de luz azul, como os dentistas, os soldadores profissionais e as pessoas que trabalham na investigação da própria luz, deve utilizar protecções específicas porque a quantidade de radiação a que estão sujeitas ultrapassa os limites de segurança. Mas os sintomas que habitualmente são reportados por quem trabalha fora desses contextos específicos, como uma dor mais persistente nos olhos ou um ardor na vista, não costumam ser causados pela luz azul em si, mas pelo facto de se tender a pestanejar menos vezes quando se está à frente de um monitor. Isso provoca tensão ocular, compromete a lubrificação dos olhos e, no caso das crianças, aumenta o risco de miopia.

Mas há formas de controlar estes riscos. Fazer pausas a cada 20 minutos de exposição, dirigindo o olhar para um objecto que esteja mais longe, e utilizar gotas nos olhos são as duas regras mais clássicas da oftalmologia. Mas o médico do Hospital de Leiria tem mais recomendações: trabalhar em salas com uma boa iluminação (especialmente durante a noite, para mimetizar as condições diurnas) e escolher ecrãs mais modernos, com tamanhos adequados e iluminação menos pulsante. As crianças também se devem dedicar à prática de desporto e passear ao ar livre para salvaguardar a saúde ocular: “O trabalho no exterior faz com que elas não tenham uma evolução tão rápida da miopia.”

Etiquetas: cérebrocomputadorcórneaecrãLeirialuz azulmédicooftalmologistaolhosprevençãoregião de Leiriasaúdevidrovisão
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