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Home Opinião

Água

Helena Veludo, arquitecta por Helena Veludo, arquitecta
Março 8, 2018
em Opinião
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Água
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Chove finalmente! Aconchegada em casa imagino a água apressada fugindo, correndo, não há o que a apanhe! A terra está seca, quando não queimada, os cumes e vertentes ocupados e vejo a água a correr e uma multidão de gotas por momentos concentrada a tentar entrar nas valetas cheias ou entupidas.

Com ela correm os paus, as pedras que encontrou no caminho que não a apanhou e… lembro aquele dia que de madrugada, levantada, olhei para poente e pensei- hoje vai arder tudo. E ardeu.

O pinhal, o pinhal de Leiria, barril de pólvora que alguns atearam, outros desprezaram e muitos cobiç(ar)am. Não há entre… o que chove, corre, aquece e arde. O que falta neste processo? Sempre o movimento. Não há repouso! E como acabou?

O ciclo da água compreende a evaporação, evapotranspiração, condensação, precipitação, infiltração e escoamento. Este ciclo é influenciado pela densidade das plantas, pelo tipo de solo e pela ocupação urbana.

A desflorestação, pelo abate e incêndio modificou a interacção entre vegetação e atmosfera reduzindo significativamente o processo evaporatranspirativo das massas verdes. A sua capacidade para retenção e emissão de gases para a atmosfera é cada vez mais reduzida participando como factor determinante para o aquecimento climático em curso.

A par da desflorestação, a impermeabilização dos solos pelas suas indiferenciadas e desenfreadas ocupações são os factores claramente responsáveis para que a infiltração da água dos solos não aconteça e plasme o descontrole e a escassez de água e, em particular que os pontos extremos, inundações e secas, sejam cada vez mais frequentes.

 [LER_MAIS] Precisamos de água, mas tudo fazemos para que quando aparece rapidamente desapareça. Encanamos, cobrimos os solos, anulamos o atrito e a água não só não é absorvida, como rápida corre e, dado o maior índice de pluviosidade em menor tempo, corre para os pontos baixos, inundando onde se instala.

Isto é, não infiltra nos pontos mais altos, porque ocupados, corre sem atrito pelas vertentes ocupadas, levando tudo consigo para vales ocupados. A estrutura hídrica da terra está como as artérias de muitos de nós, entupida.

Por outro lado, como a atmosfera está cada vez mais quente a água é cada vez mais um bem em extinção, diga-se de primeira necessidade, no sentido literal do termo, indigna este querer vermo-nos livre ou chorarmos por ela.

Mas afinal porque não guardamos quando chega e porque sabendo como o fazer não o fazemos? Porque não libertamos as linhas de cabeceira (os pontos altos) e as linhas e margens de água (pontos baixos)?

Porque não plantamos árvores e criamos espaços verdes (não são canteiros) em vez de desflorestar? Porque não guardamos água nos anéis periféricos dos espaços urbanos, em pequenas bacias a céu aberto ou no subsolo no interior dos espaços urbanos?

Porque as águas das chuvas não são infiltradas por pavimentos permeáveis? Porque não retardamos o rápido desaparecimento das águas com pavimentos com leito de areia nos parques de estacionamento e nas margens dos rios?

Porque não recolhemos as aguas urbanas para um reservatório hidrográfico?

Dia 8 é Dia da Mulher, mas hoje chove, em outros dias talvez não e água também se escreve no feminino.

*Arquitecta

Etiquetas: helena veludoopinião
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