PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Agustina

Graça Sampaio, professora por Graça Sampaio, professora
Abril 5, 2018
em Opinião
0
Agustina
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Agora que parece haver vontade de “recuperar” os excelentes textos de Agustina Bessa-Luís para o mercado dos livros, (re)lancei-me na leitura de romances da “sibilina” autora. Difícil escolher um entre as dezenas de narrativas que escreveu.

Ali, na estante, encontrei “perdidos”, além de A Sibila, que li em tempos, mais dois ou três livros de Agustina e decidi-me pelo que me pareceu mais denso: O Mosteiro. Poderá parecer heresia dizer que se trata de um romance onde as categorias clássicas da narrativa se vêm baralhadas.

De facto, à exceção do espaço – que se concentra no sítio de São Salvador e dominado pela “massa escorialesca” do Mosteiro – e das personagens – que giram em redor de Belchior ou Belche para a família – a ação é difusa saltando com o tempo, de época para época, embora sempre agarrada às mulheres da casa da Teixeira e do seu sobrinho Belche, desenvolvendo-se em avanços e recuos desde os anos 30 até depois da revolução de Abril.

Um dos elementos fortes desta narrativa é, além do protagonista Belche, o elo entre todos os outros pilares da obra, inclusivamente o mosteiro, o narrador (ou deverei dizer a narradora, já que deixa transparecer a sabedoria e a inteligência viva da autora) com as suas profundas reflexões de ordem moral, psicológica, sociológica e política.

Atrevo-me a dizer que é na mente deste narrador (que vejo mais como narradora) que, em forma de monólogo interior, se desenvolve toda a teia da narrativa.

 [LER_MAIS] Surpreendente é o papel central que as mulheres desempenham na obra: quer na família da Teixeira ao longo dos tempos, quer na narrativa histórica, que dá grande peso às mulheres de Avis – as megeras, umas e outras.

Escreve Joana E. Marques que “ela foi a escritora que mais profunda e consequentemente retratou o poder das mulheres numa sociedade dominada por homens.”

Notável a construção do romance que, na sombra húmida do Mosteiro, reúne e descreve temas tão díspares como os fortes (ou débeis?) laços de família, a loucura, a sedução, o medo – sendo este o que permite o salto para a história psicopatológica do infeliz rei D. Sebastião, o verdadeiro pícaro português, “aquele rei que desde menino presumiu a glória como a dieta do medo e conservou sempre a obediência à solidão do cavaleiro andante.”

Singular a cerzidura entre os tecidos da família da Teixeira no seu “viveiro” e o tecido de que o infeliz rei nasceu e viveu “deslocando-se sua angústia fóbica”, bem como nos é proposta a criação do mito: “dizem que, nalgum lugar nos desertos da Líbia, existe uma cidade que só pode ser encontrada uma vez e que nunca mais, nunca, se voltará a ver.

É nela que o rei entrou e, se dela saiu, em vão a busca pelos campos montuosos e onde o vento muda os caminhos. Esse tempo errante chamamos nós O Encoberto”.

*Professora 
Texto escrito com a nova ortografia

Etiquetas: critica literariaculturaGraça Sampaioopinião
Previous Post

A Terceira Guerra Mundial

Próxima publicação

A derrota do futebol

Próxima publicação
A derrota do futebol

A derrota do futebol

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.